Relatório preliminar é divulgado após um mês desde o acidente da Voepass

Na última sexta-feira (6), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) revelou os resultados preliminares sobre o trágico acidente envolvendo o avião da Voepass ocorrido em 9 de agosto, que resultou na morte de 62 pessoas.

De acordo com o órgão vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave não apresentava defeitos técnicos significativos. Foi identificado que apenas um dos "packs" do motor, responsável pela climatização da cabine, estava inoperante.

Contudo, tal falha não comprometeu a capacidade de voo do avião. A FAB confirmou que a aeronave manteve-se abaixo dos 17 mil pés durante todo o trajeto, evitando assim qualquer complicação associada à altitude elevada.

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Além disso, o piloto não declarou estado de emergência para a torre de controle em nenhum momento, tampouco houve tentativa de realizar um pouso alternativo. Os registros de manutenção e o certificado de aeronavegabilidade estavam devidamente atualizados e em conformidade com as exigências regulatórias.

O Cenipa destacou ainda que a aeronave estava certificada para operar em condições adversas, incluindo situações de gelo. Os pilotos envolvidos no voo possuíam experiência e treinamento adequados para lidar com tais circunstâncias.

Essas informações preliminares são fundamentais para compreender as possíveis causas do acidente e evitar ocorrências semelhantes no futuro. As investigações continuam em curso, e novas atualizações serão divulgadas conforme forem obtidos mais dados conclusivos.

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Alguns familiares das vítimas do acidente passaram a se pronunciar, entre eles, Maria de Fátima Albuquerque, mãe da médica Arianne Albuquerque Risso. Maria emocionou a web ao detalhar a reunião com os peritos que investigaram o caso. Em papo com o Metrópoles, ela contou sobre o clima de "extrema tristeza”.

“Várias vezes choramos”, disse ela, destacando a importância de uma explicação técnica do Cenipa. “A gente viu que uma coisa é a realidade, outra coisa é a burocracia. Para eles, o que importa é papel”. Vale lembrar que o relatório mostrou a existência de falhas no sistema de degelo da aeronave.

“Se você não visse a condição da aeronave, ia achar que era novinha, que tinha acabado de comprar. A realidade está destoante das instituições. Com todos os papéis em dia, não importa. Porque estava a olho nu aquilo (defeitos no avião). Disseram que estava apto a voar, tinha tido manutenção. Caiu porque resolveu cair”, explicou Maria.