Homem achado morto em buraco no autódromo de SP tinha escoriações no pescoço e pode ter sido asfixiado, diz Polícia Civil; confira
Publicado em 13/06/2025, às 12h30
O caso da morte do empresário Adalberto Amarilio Junior no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, segue cercado de mistérios. O corpo foi encontrado em um buraco de obra dentro do autódromo, e, segundo fontes da Polícia Civil, havia escoriações no pescoço, levantando a possibilidade de asfixia. Apesar dessas informações iniciais, os laudos oficiais — incluindo exames toxicológicos, necroscópicos e de DNA — ainda não foram concluídos, e a perícia trabalha para esclarecer os detalhes do que ocorreu na noite do crime.
No dia em que desapareceu, Adalberto estacionou seu carro em uma área restrita, aparentemente para evitar o pagamento do estacionamento oficial. Como piloto de kart experiente, ele conhecia bem o local e provavelmente tentou cortar caminho para chegar até o veículo. A hipótese principal dos investigadores é que o empresário se envolveu em um confronto durante esse trajeto. “Nesse confronto, especula-se que a pessoa poderia ter pressionado Adalberto com o joelho ou sentado nas costas dele, causando uma compressão torácica e fazendo com que o empresário desmaiasse”, explicou Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo.
Câmeras de segurança capturaram Adalberto chegando ao evento de motos no autódromo por volta de 12h30. No entanto, não há registros visuais dele retornando ao carro após o término do evento, o que contribui para as incertezas sobre o que aconteceu nas horas seguintes. A última mensagem enviada por ele à esposa foi às 19h48, mas a resposta dela, enviada às 21h12, não chegou a ser entregue, indicando que o celular já estava desligado. Antes de se separarem, um amigo relatou que Adalberto havia consumido cerveja e maconha, o que o deixou “mais agitado que o normal”.
Os investigadores também consideram o fato de que o corpo foi encontrado sem calça e sem tênis, mas ainda não há explicação para o desaparecimento dessas peças. Peças de vestuário encontradas em lixeiras próximas não foram reconhecidas como pertencentes ao empresário. Além disso, o carro de Adalberto tinha marcas de sangue em quatro pontos, e exames de DNA foram solicitados para identificar a origem desse material biológico.
Apesar de já terem sido ouvidos vários seguranças e testemunhas, muitas perguntas permanecem sem respostas. “O caso está melhor encaminhado”, afirmou Ivalda Aleixo, indicando que a investigação avança.
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