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Tragédia! Menina de 14 anos perde parte da perna após picada de inseto

Picada de inseto causou 49 dias de internação e várias doses de morfina; confira o caso que voltou a circular nas redes sociais

Renata Garre
por Renata Garre
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Publicado em 24/04/2025, às 09h00

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Tragédia! Menina de 14 anos perde parte da perna após picada de inseto - Reprodução/Unsplash
Tragédia! Menina de 14 anos perde parte da perna após picada de inseto - Reprodução/Unsplash

O que parecia ser uma simples atividade escolar ao ar livre acabou se transformando em um drama para Maria Clara Oliveira Nogueira, uma menina de apenas 14 anos. A adolescente, moradora de Caieiras, na Região Metropolitana de São Paulo, perdeu parte da perna após ser picada por um mosquito durante uma aula em fevereiro de 2022.

Como tudo aconteceu?

O episódio, que voltou a circular nas redes sociais, causou comoção geral. Na época, a escola estadual Doutor Mário Toledo de Moraes organizou uma atividade na horta do colégio e na mata do Parque Estadual do Juquery. A proposta envolvia a limpeza e pintura de pneus para a criação de bancos na aula de artes. No entanto, o mato alto, que chegava à altura dos joelhos dos alunos, escondia riscos invisíveis aos olhos.

Ao anoitecer, Maria Clara começou a sentir fortes dores na panturrilha, exatamente onde havia sido picada. Vale lembrar que o Parque Estadual do Juquery, que se estende por quase 20 km² entre Caieiras e Franco da Rocha, é uma importante área de preservação ambiental, a única de Cerrado remanescente na região. Também é habitat de muitos insetos, entre eles o mosquito-palha, vetor da leishmaniose.

Diagnóstico de leishmaniose

Quinze dias após o incidente, as dores persistiam e surgiram sinais de infecção com presença de pus. A jovem foi levada ao Hospital das Laranjeiras, onde os médicos constataram a gravidade do quadro. O diagnóstico confirmou: ela havia contraído leishmaniose, uma doença causada pelo protozoário leishmania, transmitido exclusivamente pela picada da fêmea do mosquito-palha.

A enfermidade, que se inicia com úlceras na pele e febre, pode evoluir para formas mais severas se não for tratada rapidamente. Após 49 dias de internação e várias doses de morfina para conter as dores intensas, Maria Clara perdeu cerca de 30% da panturrilha esquerda. A mãe da vítima, Fabiana Borin, contou ao portal UOL que o sofrimento da filha era profundo, mas destacou que, apesar de tudo, ela  demonstrava força emocional para seguir com a recuperação.

Declaração da escola

Segundo informações da escola, os procedimentos de dedetização, limpeza e controle de pragas vinham sendo realizados regularmente. Contudo, o caso reacendeu o alerta sobre os perigos da exposição a áreas de mata e a importância do uso de repelentes e roupas adequadas em regiões com incidência de mosquitos transmissores de doenças.

Transmissão da leishmaniose

É importante destacar que a leishmaniose também pode atingir animais, como cães e roedores, mas não é contagiosa entre pessoas nem entre animais, a transmissão ocorre exclusivamente pela picada do inseto infectado.

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