Antes de se consagrar com roteiros de séries e novelas de sucessos na Globo, autora foi coprotagonista em novela do SBT
Publicado em 09/12/2024, às 14h52 - Atualizado às 15h00
Em 9 de dezembro de 1996, há 28 anos, o SBT estreava Dona Anja, novela que marcou o começo da trajetória de Manuela Dias, hoje renomada autora de novelas da Globo, na televisão brasileira. Na época, Manuela se dedicava à carreira de atriz e ainda não era conhecida pelo talento como escritora.
A estreia de Dona Anja foi um momento complicado para a programação do SBT: como recorda o jornalista Nilson Xavier, do site Teledramaturgia, a novela enfrentava a difícil missão de concorrer com os gigantes globais O Rei do Gado e A Indomada, o que dificultou bons resultados de audiência.
Ainda assim, o folhetim trouxe um enredo provocador, discutindo temas como infidelidade, corrupção e questões políticas. Manuela Dias, então com 19 anos, era coprotagonista da trama em seu primeiro papel na televisão.
Dois anos após sua estreia em Dona Anja, Manuela participou de Brida, na Manchete, antes de decidir que sua vocação estava nos bastidores. Em 2000, ela começou a trabalhar como roteirista na Globo, marcando sua entrada definitiva no mundo da escrita com a série infantil Bambuluá.
Depois desse primeiro passo, a autora se lançou em diversos projetos relacionados a produções audiovisuais, como longas-metragens, novelas e séries. Foi com a minissérie Justiça, em 2016, que sua carreira se tornou reconhecida pelo grande público com uma indicação ao Emmy Internacional.
Hoje, Manuela Dias é responsável por um dos projetos mais aguardados da teledramaturgia brasileira: o remake de Vale Tudo, novela de maior sucesso da Globo. No último domingo, 8, durante painel na CCXP (Comic Con Experience) 2024, a autora destacou sua admiração pelo texto original de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, e revelou seus planos para sua versão da novela: “São 33 anos desde a estreia. A sociedade mudou, e histórias tão ricas merecem novas leituras que reflitam os avanços dos tempos atuais”, frisou.
Segundo Manuela, o remake manterá elementos clássicos, como o icônico mambo de Heleninha e os bordões de Odete Roitmann, mas vai ajustar temas como machismo e racismo, agora tratados sob uma ótica contemporânea. "Tem muito da Vale Tudo original. Muitos fan services, muitos easter eggs. Os bordões e os personagens vão ser reconhecidos. Odete é Odete, Heleninha dança mambo. A gente vai se divertir muito com esses reencontros", declarou.
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