Em entrevista à Contigo! Novelas, Lara Suleiman reflete sobre estreias em televisão, teatro e cinema, e destaca as "primeiras vezes" de sua carreira
Lara Suleiman, a Janis do musical de Meninas Malvadas e a voz da Jasmine em Aladdin, coleciona experiências incríveis nos palcos e telas. Em entrevista à Contigo! Novelas, ela destaca suas "primeira vezes", como quando estreou em um espetáculo.
...que me entendi como artista
"Quando criança, meu sonho era ser estilista, mas ele foi mudando à medida que comecei a me envolver com as aulas de dança. Foi quando percebi o quanto eu gostava do palco e queria continuar me apresentando. Minha mãe sempre foi apaixonada por teatro e me levava para assistir muitas peças. Eu ficava impressionada com a grandiosidade das apresentações. Foi então que comecei a fazer aulas de canto e teatro. Sempre me senti muito a vontade no palco. A arte foi se tornando essencial para mim e, quando percebi, não havia mais para onde escapar. Costumo brincar que posso até tentar fugir, mas arte é realmente a única coisa que sei fazer e a que mais me faz sentir viva".
...que subi no palco
"Tinha apenas 7 anos quando subi no palco pela primeira vez. Foi no Teatro Alfa, para me apresentar com a escola onde fazia aulas de jazz, Ballet Evelyn. Se eu parar para refletir sobre minha trajetória, percebo que meu amor pelos palcos começou na dança. A paixão pelo teatro musical surgiu depois, mas o amor pelo palco, pelos camarins, pelos ensaios, pelas trocas rápidas de roupa, pelas maquiagens, cabelos e a vontade de me apresentar para uma plateia, com certeza nasceu ali".
...recebi o primeiro sim
"Aconteceu de forma quase mágica. Coincidentemente, foi no meu musical preferido, Les Misérables, e, para completar, eu fui cover de uma das minhas personagens mais queridas, Eponine. Aprendi imensamente. A me portar como profissional, a focar no que realmente importa, a tratar o nosso ofício com respeito, a lidar com as consequências e a encontrar formas de me divertir, mesmo nos dias mais desafiadores. Sou eternamente grata por essa vivência e guardo meu primeiro 'sim' com muito carinho no coração".
...senti minha carreira decolar
"Na nossa profissão, isso acaba sendo um pouco contraditório. Alguns trabalhos nos colocam em grande destaque, enquanto o próximo nem sempre nos oferece a mesma visibilidade, fazendo com que esse sentimento varie conforme o momento. Para mim, porém, foi em 2019, durante a dublagem de Aladdin, que senti pela primeira vez que minha carreira estava seguindo na direção certa. Tive a chance de mostrar mais do meu trabalho ao público e a reação foi extremamente positiva. A música Ninguém Me Cala foi um grande sucesso na época e tive a oportunidade de cantá-la ao vivo em vários eventos. Foi emocionante ver de perto a quantidade de pessoas que passaram a conhecer o meu trabalho a partir disso".
...fiz uma audição para um grande papel
"Foi em 2015, para o musical Wicked. Eu tinha 15 anos e recebi o material para interpretar a Elphaba, uma das personagens mais difíceis do teatro musical. Não passei na audição, mas fiquei muito feliz em ter a oportunidade de cantar uma música que eu eu gosto tanto, 'The Wizard and I', e mostrar meu trabalho para pessoas que não me conheciam na época. Olho para trás e tenho muito orgulho da adolescente corajosa que eu era e de como, apesar de tantos 'nãos', continuei tentando até ter a oportunidade de entrar no mercado do teatro musical".
...fui reconhecida na rua pelo meu trabalho
"Aconteceu durante a temporada de Les Misérables em 2017. Foi uma sensação estranha, mas ao mesmo tempo, muito especial. Eu estava no shopping quando uma pessoa me abordou, dizendo que havia assistido à peça no dia anterior. Coincidentemente, eu tinha interpretado a Eponine naquele dia. Ela me contou que aquela tinha sido a primeira vez dela indo ao teatro e que gostou muito da peça. Aquela experiência me marcou profundamente".
...me vi numa matéria da imprensa
"Foi após a dublagem da Princesa Jasmine, em 2019. Até hoje, é um pouco estranho para mim ver minha foto em matérias e dar entrevistas, mas, quando percebo a reação do público ao meu trabalho, fico feliz que as pessoas se interessem e considerem o que faço, ao menos minimamente relevante. É um prazer poder compartilhar um pouco da minha trajetória e inspirar novas gerações com histórias que mostram que, com muito estudo e paciência, é possível realizar nossos sonhos".
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