Renato sofrerá com uma grave síndrome em Vale Tudo. Em entrevista à Contigo!, especialistas alertam sobre a doença e ensinam como evitar
Publicado em 04/06/2025, às 13h55
Renato (João Vicente de Castro) enfrentará uma síndrome grave nas próximas semanas de Vale Tudo. O dono da agência Tomorrow acaba indo parar no hospital após um desmaio no escritório e uma fortíssima dor no peito. Ele revelará que usa estimulantes para se manter acordado. Por lá, ele é diagnosticado com a síndrome de burnout. Em entrevista à Contigo!, três profissionais de diferentes áreas explicaram como lidar com a doença no ambiente profissional.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o burnout é tratado como doença ocupacional desde 2022 na nova Classificação Internacional de Doenças (CID). Em 2025, entrou em vigor para pacientes que enfrentam esgotamento físico e mental, além de outros sintomas característicos como alteração de humor, insônia, sentimento de fracasso, dores musculares e dor de cabeça. Outro ponto em comum são os batimentos cardíacos alterados. As causas variam de má gestão, sobrecarga emocional, demandas e entregas acumuladas e em sequência. A ansiedade está diretamente ligada a síndrome, favorecendo o desenvolvimento do burnout.
O advogado trabalhista Rafael Medeiros, com especialidade em causas que envolvem acidentes de trabalho, avalia os direitos empregatícios em caso de diagnóstico: “O colaborador que for diagnosticado com o transtorno tem direito ao auxílio-doença do INSS, caso o afastamento seja superior a 15 dias. Além disso, deverá ter estabilidade no emprego, por pelo menos 12 meses, após o retorno ao trabalho”.
Amanda Carvalhal, psicóloga e especialista em gestão de pessoas, afirma que o maior problema está na avaliação do gestor e acaba favorecendo o aparecimento da síndrome: "Se, para o empregador, o funcionário não está sendo cada vez mais produtivo, acaba perdendo o valor. Falar de burnout é falar de uma pessoa extremamente cansada que está em busca de cumprir todas as metas. Isso vai para o corpo porque, muitas vezes, já começa com sintomas físicos e doenças devido ao esgotamento”. Ela também reforça que o líder deve entender o motivo do esgotamento e criar ferramentas para motivação e dar suporte emocional em alguns casos.
Já Leonardo Loureiro, especialista em educação empresarial e gestão emocional, faz uma recomendação as empresas de como mapear fatores de risco e prevenir doenças como o burnout: “A gestão emocional no trabalho não pode ser vista como um diferencial, mas sim como uma necessidade estratégica. Empresas que ignoram esse aspecto tendem a lidar com maior rotatividade, desmotivação e perda de talentos. O gestor precisa estar atento a mudanças no comportamento da equipe, como queda no desempenho, aumento do absenteísmo e sinais de exaustão. São indicativos que algo não está bem e precisa ser tratado antes que se agrave”.
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