O apresentador Raul Gil revelou detalhes inéditos sobre os primeiros passos de Carlos Alberto de Nóbrega na TV; entenda como tudo começou
No Domingãodeste domingo (25), Carlos Alberto de Nóbrega recebeu uma emocionante homenagem no quadro Linha do Tempo. Um dos primeiros a prestar sua reverência foi o apresentador Raul Gil, que não economizou nas memórias e segredos sobre os primórdios da carreira do humorista.
Segundo Raul, tudo começou com a forte influência do pai, Manuel de Nóbrega, uma lenda da rádio brasileira: "Manuel de Nóbrega foi uma das personalidades mais importantes do rádio no Brasil e depois da televisão. Ele criou o programa Manuel de Nóbrega no qual ele apresentava no rádio quadros que o povo assistia direto. Ninguém perdia um programa", relembrou Raul Gil.
Desde pequeno, Carlos Alberto de Nóbrega demonstrava fascínio pelo universo do pai, acompanhando de perto cada passo de Manuel. Apesar disso, enfrentou resistência no início, já que o pai preferia outro caminho profissional para o filho.
"O Manuel de Nóbrega era um gênio no rádio e na televisão depois. Carlos Roberto de Nóbrega cresceu sem desgrudar do seu pai, Manuel de Nóbrega. Ele queria trabalhar no rádio, como o pai dele trabalhava. Ainda mais que depois, aos 9 anos, o trabalho de Manuel de Nóbrega os levou a morar um tempo em Nova York. Mas, no princípio, o pai preferia que o filho fizesse outra coisa. Tanto que Carlos Roberto de Nóbrega chegou a estudar direito", contou Raul.
A insistência falou mais alto. Depois de muito tentar, Carlos Alberto conquistou sua primeira oportunidade no ano de 1954. A partir dali, começou a escrever roteiros de humor e trabalhar com nomes que marcaram época, como Ronald Golias.
"Acontece que ele insistiu, insistiu, insistiu até que teve o que tanto queria em 1954. O Carlos Alberto, ele aprendeu muito com o pai dele e como redator, ele foi revelando grandes artistas como Golias, que na época era um sucesso e o Carlos Alberto que escrevia para ele e ele sempre escreveu brilhantemente até hoje", destacou Raul.
Em 1957, Manuel de Nóbrega criou o formato que se tornaria um dos maiores sucessos da TV: Praça da Alegria. Um banco, um cenário simples e personagens hilários se revezando para conversar com um senhor, esse era o conceito que conquistaria o público.
"Manuel de Nóbrega teve uma ideia: uma praça, um banco e um senhor que escuta as histórias de diversos personagens engraçadíssimos. E assim, minha gente, nascia Praça da Alegria. Isso tudo já era na televisão. Foi um tal qual o sucesso do rádio", relembrou Raul Gil.
Após a morte de Manuel de Nóbrega, coube a Carlos Alberto manter viva a tradição da praça. E ele não decepcionou. Transformou o clássico em A Praça é Nossa, mantendo a essência, mas imprimindo seu estilo.
"Depois que o pai faleceu, o Carlos Alberto pegou a Praça da Alegria, que hoje é a Praça Nossa. Ele pegou de uma forma que substituiu o pai com a maior tranquilidade e maior profissionalismo", elogiou Raul.
Para Raul Gil, não há dúvidas sobre a importância de do apresentador para o humor nacional. Ele encerrou sua fala com uma declaração emocionada: "O Brasil ama o Carlos Alberto. Eu tiro o meu chapéu e sempre estarei tirando o chapéu pro Carlos Alberto, porque Carlos Alberto de Nóbrega só tem um", disse.
"Eu tiro o meu chapéu e sempre estarei tirando o chapéu pro Carlos Alberto. Porque Carlos Alberto de Nóbrega só tem um" UAAAU!! ❤️ #LinhaDoTempo#Domingãopic.twitter.com/q4PwHJ2uuQ
— TV Globo 📺 (@tvglobo) May 25, 2025
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