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Cláudia Abreu desabafa ao falar de sua experiência com João de Deus

Atriz relembra do que viveu nas duas vezes em que esteve com o médium: 'Não me canso de pensar que poderíamos ter sido vítimas também'

Redação Contigo! Publicado em 26/12/2018, às 15h25 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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Cláudia Abreu - Reprodução / Instagram
Cláudia Abreu - Reprodução / Instagram

Discreta quando o assunto é a sua vida pessoal, a atriz Cláudia Abreu quebrou o silêncio nas redes sociais ao decidir desabafar sobre como foi encontrar João de Deus há alguns anos. Ao ver as diversas acusações de abuso sexual contra o médium, ela contou que poderia ter sido vítima dele, caso não fosse famosa quando foi visitá-lo. 

Em suas redes sociais, a artista contou que foi até Abadiânia com a filha, que, na época, tinha 13 anos. "Nem sei por onde começar. Sempre fui arredia às redes sociais, não tenho o hábito de postar muito sobre a minha vida cotidiana, nem de me posicionar sobre tudo a todo momento. Mas não posso deixar de falar sobre assédio. Demorei um tempo pra digerir a decepção que tive com João de Deus. Fui à Abadiânia duas vezes, fui bem recebida por ele, por sua família e sua equipe. Nunca fui totalmente crédula, mas como presenciei cirurgias feitas diante de todos, com cortes feitos na hora e sem dor, foi difícil não acreditar em algum poder mediúnico. Mesmo assim, é preciso estar sempre alerta aos sinais da sua intuição".

Cláudia relatou que não gostou de ser convidada a se envolver nas cirurgias espirituais. "Pessoas famosas eram sempre chamadas pra segurar os instrumentos das cirurgias diante de uma multidão. Fui convidada duas vezes e fui contrariada, pois era delicado dizer não. Lá ficávamos todos vulneráveis. Ao mesmo tempo, isso me obrigava a legitimar alguém que eu mal conhecia".

Agora, ao ouvir sobre as denúncias contra ele, a atriz só conseguia pensar no que aquelas mulheres vivenciaram. "Refletindo sobre esse meu desconforto, pensei nas inúmeras mulheres fragilizadas que foram convidadas a ir pra uma sala fechada e também foram obrigadas a fazer algo que não queriam. Levei minha filha, então com treze anos, e não me canso de pensar que poderíamos ter sido vítimas também, caso eu não fosse conhecida. Isso me estarreceu. Porque isso toca num lugar muito mais profundo, que é a descrença no ser humano, na bondade, na caridade. Muito triste"