Após limpeza do Oficina, amigos colocam bandeira sobre o caixão de Zé Celso

Amigos, familiares e admiradores do legado de Zé Celso realizaram uma limpeza do Teatro Oficina na madrugada desta sexta-feira (7). Em um ato coletivo, eles lavaram o espaço e deixaram tudo limpo para a cerimônia de despedida do ator, dramaturgo e diretor.

Após a ação, o caixão com o corpo do artista foi posicionado no centro do espaço. Além de flores, foi colocada a bandeira da escola de samba Vai-Vai, também um dos ícones de resistência do bairro do Bixiga, onde fica o teatro.

O velório de Zé Celso é realizado durante todo o dia e deve receber muitos artistas, amigos e admiradores. A cerimônia será aberta ao público e deve contar com milhares de pessoas. Nesta quinta, Marcelo Drummond relatou os momentos angustiantes vividos durante o incêndio que atingiu o apartamento do casal, localizado no bairro Paraíso, Zona Sul da capital paulista.

"Eu caí, alguém me acordou porque eu cheguei a desmaiar, de certa forma, da fumaça", revelou à GloboNews. "Alguém me acordou, a gente saiu. Fui para o corredor, para o hall de entrada do apartamento, um vizinho apareceu e trouxe o Zé junto com o Vitor e o Zé falava 'abre a janela, abre a janela'. E eu falei: 'já está aberta. Eu segurei as duas mãos dele e ele botou a perna em cima de mim", contou emocionado o viúvo.

Veja:

INCÊNDIO TRÁGICO

Zé Celso foi internado na última terça-feira (04) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele teve 53% do corpo queimado, necessitando ser sedado, entubado e receber ventilação mecânica. Na manhã desta quinta-feira, ele não resistiu e veio a falecer. 

"A gente puxou, o Zé deitou no chão. Eu mesmo não aguentei, deitei um pouco", relatou. "Depois de saírem do apartamento, Zé recebeu os primeiros socorros. Aí chegaram os Bombeiros e foi o último momento que eu vi o Zé", disse o marido do dramaturgo.