Bola de Neve era investigada por desvio de dinheiro, mas processo foi arquivado; veja

O fundador da Igreja Bola de Neve, Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina, faleceu neste domingo (17), vítima de um acidente de moto em Campinas, interior de São Paulo. Mas você sabia que a instituição religiosa já foi alvo de uma investigação minuciosa por desvio de dinheiro? Relembre essa história:

Casal estava lavando dinheiro

Foram feitas denúncias contra a liderança da Bola de Neve de Balneário Camboriú (SC), Natanael Nunes e a esposa, Ana Lúcia Paixão. Segundo os fiéis, as doações direcionadas às ações sociais da igreja teriam sido usadas para abrir um salão de beleza para a filha dos pastores. O casal, porém, afirmava que o dinheiro foi doado para o Ipê (Instituto para Empreendedoras), um projeto atrelado a ONG Casa das Anas que ampara mulheres vítimas de violência doméstica.

Porém, os religiosos ainda os acusaram de se beneficiar do Casa das Anas, que teriam usado as cozinheiras do projeto para preparar o almoço deles de forma "especial". Eles também foram acusados de se apossar dos lucros da cantina e da lojinha da igreja, que deveriam ser geridos por pessoas voluntárias.

Investigação arquivada

Tudo isso, porém, foi arquivado pelo promotor de Justiça Jean Michel Forest, do Ministério Público de Santa Catarina. Segundo ele, o documento foi engavetado “por não se verificar a ocorrência de atos que configurem lesão ou ameaça aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público, notadamente de atos atentatórios à moralidade administrativa, arquivo a presente Notícia de Fato”. 

ACUSAÇÃO

O fundador da Bola de Neve mantinha a vida pessoal guardada a sete chaves, porém, em junho deste ano, seu nome virou foco de notícias devido a uma acusação de seu enteado Nathan Gouvêa, de 30 anos. Relembre essa polêmica:

Em entrevista ao portal UOL, o rapaz contou que sofreu agressões e abusos psicológicos durante toda a infância. Quando tinha 7 anos, Nathan foi obrigado pelo padrasto a ficar nu na sacada de uma casa de praia como castigo."Estávamos eu e um amigo na casa de praia dançando aquela música ‘Olha a Onda’. Ele viu e ficou extremamente irritado, me bateu e deixou, eu e meu amigo, pelados numa sacada. Dava para todo mundo ver. Ficamos assim por horas", lamentou o rapaz.

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