Aos prantos, Daniel Alves se pronunciou no último dia de julgamento do caso de abuso sexual, no qual está sendo acusado na Espanha
Luisa Scavone Publicado em 08/02/2024, às 11h25
O julgamento de Daniel Alves ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira (7). No terceiro dia e último dia no Tribunal Provincial de Barcelona, o atleta se pronunciou e caiu no choro. Ele negou ter abusado sexualmente de uma jovem em uma balada. Saiba tudo o que foi dito por ele:
Inicialmente, o jogador detalhou a noite em que tudo teria acontecido, de acordo com o portal GE, da Globo. Segundo Daniel, ele estava bebendo em um bar com os amigos, quando teriam decidido ir para a balada, onde teria conhecido a vítima e suas amigas.
“Ficamos dançando juntos. Por um tempo (começamos) a dançar mais próximos, começou a roçar as partes nas minhas. Coloquei a mão e quando começou a tensão sexual, falei para ir ao banheiro, e ela disse que tudo bem”, explicou. Em seguida, ele garantiu que a jovem quis ter a prática sexual.
“Ela estava na minha frente e começamos a relação. Lembro que ela sentou em mim. Não sou um homem violento. Não a forcei a praticar sexo oral forçadamente. Ela não me disse nada. Estávamos desfrutando os dois e nada mais”, completou Daniel Alves, ainda segundo o portal.
Após descrever como foi o ato, ele contou que voltou para sua casa e só descobriu da acusação pela imprensa. “Quando cheguei em casa, lembro que ela (a esposa Joana Sanz) estava em casa na cama e dormi na sequência. Sim, estou dizendo o mesmo que das outras vezes. Soube pela imprensa que estavam me acusando... Estava praticamente arruinado porque tive todos os meus contratos rompidos, contas bloqueadas”, afirmou, aos prantos.
A defesa da vítima chegou a dizer que Daniel sabia sim que ela não queria ter relação sexual, verbalizou isso ao atleta, mas ele deu um tapa na cara dela. A defesa do jogador também se pronunciou e negou os pontos ditos em julgamento.
“A violência descrita pela denunciante na penetração é incompatível com a prova pericial médica. Nenhum ferimento nas suas genitais interna ou externa. Corrobora que a relação sexual foi consentida.(...) Não tinha nenhuma vermelhidão nem sinal (no rosto). É incompatível com a mecânica que descreve. (...) É essencial avaliar o comportamento anterior para avaliar o consentimento”.
Isso porque, no início do processo, ele pagou uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) para a jovem que o acusou de abuso sexual. O Ministério Público ainda aponta que ele precisaria cumprir 10 anos de liberdade vigiada, após o tempo da pena, além de ser proibido de se aproximar ou se comunicar com a vítima pelo mesmo período.
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