Futebol, leitura, academia e cursos: conheça a rotina do ex-jogador Robinho, condenado a 9 anos de prisão em regime fechado
Guilherme Barbosa Publicado em 30/10/2024, às 13h45
O ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho, está completando sete meses de encarceramento na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a conhecida P2 de Tremembé, no interior de São Paulo, onde cumpre uma pena de 9 anos por um caso de abuso sexual ocorrido na Itália. Apesar das circunstâncias, Robinho tem mantido uma rotina de atividades que vão além das práticas físicas, como o futebol e a academia.
Desde maio, o ex-atleta iniciou um curso técnico de Eletrônica Básica, Rádio e TV, além de se engajar em grupos de leitura, uma estratégia que tem como objetivo reduzir sua pena, conforme previsto na legislação brasileira para atividades educativas. A dedicação aos estudos e à leitura busca abrir novas perspectivas para o jogador enquanto ele cumpre sua sentença.
Paralelamente, a defesa de Robinho tem tentado reduzir o tempo de permanência dele em regime fechado. Seus advogados solicitaram que o crime fosse reclassificado como "comum" ao invés de "hediondo", alegando que, assim, o ex-jogador precisaria cumprir apenas 20% da pena em regime fechado, ao invés dos 40% previstos para crimes hediondos. No entanto, a Justiça negou o pedido em julho, e a decisão foi reafirmada em setembro, mantendo o cumprimento rigoroso da pena.
A rotina do ex-craque, embora conte com aspectos de conforto, como visitas regulares da família e atividades esportivas, continua sob regime fechado e rígido controle carcerário. Nesta terça-feira (29), o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou a retomada do julgamento dos pedidos de liberdade do ex-jogador Robinho para o próximo mês. O julgamento, que havia sido interrompido em setembro, será realizado no plenário virtual entre os dias 15 e 26 de novembro.
O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre dois habeas corpus a favor do ex-jogador Robinho foi adiado após o ministro Gilmar Mendes solicitar mais tempo para análise do caso.
A discussão sobre o assunto ocorreu nesta sexta-feira (13) em plenário virtual e contou com o voto do ministro Luiz Fux, relator do processo, que se posicionou contra a soltura do ex-jogador de Seleção Brasileira.
Fux defendeu a validade da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou que a pena fosse cumprida no Brasil. Vale lembrar que Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo na Itália em 2013, durante seu período no Milan e está detido desde março em Tremembé (SP), após a decisão do STJ.
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