Traumatizado, goleiro baleado se pronuncia pela primeira vez: "Abalado"

Após levar um tiro de bala de borracha na perna, disparado por um policial militar durante confusão em partida da 2ª divisão do Campenato Goiano, Ramon Souza se pronunciou pela primeira vez. O goleiro ainda tenta assimilar tudo o que aconteceu naquele dia e afirmou estar abalado psicologicamente.

O projétil abriu um buraco na coxa esquerda do atleta, que ficará por no mínimo 3 a 4 meses fora das quatro linhas: "Nunca imaginei passar [por isso]. A gente fica abalado psicologicamente. Eu estava no meu ambiente de trabalho, nunca imaginei que chegaria a esse ponto", relatou o jogador.

"Agora é continuar fazendo o que sempre faço, trabalhar para melhorar e voltar a jogar futebol o quanto antes", concluiu o goleiro do Grêmio Anápolis.

O jogador vai entrar com uma ação no Tribunal de Justiça Desportiva de Goiás, para que o policial que o atingiu não esteja mais em eventos esportivos. O goleiro ainda irá cobrar uma indenização do Estado de Goiás para suprir o tempo em que irá ficar fora dos gramados.

POLICIAL INVADIU CAMPO E ATIROU EM GOLEIRO

Na noite da última quarta-feira (10), após um jogo da segunda divisão do Campeonato Goiano, um policial da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) invadiu o campo e deu um tiro de borracha na perna do goleiro Ramón Souza, do Grêmio Anápolis. As imagens chocantes viralizaram nas redes sociais.

Em um vídeo, é possível ver o momento em que o jogador chega perto do oficial e, inesperadamente, é atingido pela bala de borracha. Na ocasião, acontecia uma confusão no campo após o Grêmio Anápolis perder o jogo para o Centro Oeste.

O projétil abriu um buraco na coxa do atleta. Em nota, o time afirmou que Ramón Souza foi prontamente atendido e recebeu os primeiros socorros ainda no estádio. "O GEA informa que entrará com medidas cabíveis para que o responsável seja punido e que a justiça seja feita, para que este ato criminoso não fique impune", completou no comunicado.