Série da Globo protagonizada por Regina Duarte entrou no catálogo do Globoplay na última segunda-feira, 3
Bárbara Aguiar, sob a supervisão de Arthur Pazin Publicado em 05/02/2025, às 07h30
Em abril de 1993, a Globo estreava a série Retrato de Mulher, produção com texto de Doc Comparato e Ricardo Linhares que tinha Regina Duarte como protagonista em nove papéis diferentes, onde cada episódio apresentava uma nova história. Relembre a obra disponibilizada no Globoplay na última segunda-feira, 3.
Como relembra o jornalista Nilson Xavier, do Teledramaturgia, o projeto teve início com o especial de fim de ano Era uma vez... Leila, exibido em 16 de dezembro de 1992. O sucesso levou à criação de Retrato de Mulher, que foi ao ar em episódios independentes, sempre às terças-feiras, na faixa Terça Nobre. Ao todo, foram nove capítulos, cada um explorando um novo enredo e revelando uma faceta diferente da protagonista.
O formato inovador começava com Regina Duarte diante de um espelho, refletindo sobre sua transformação para o papel da vez. Cada episódio abordava questões do universo feminino, como desafios, conquistas e dilemas enfrentados pelas mulheres na sociedade.
Xavier destaca que o último episódio, Era uma vez... Zil, exibido no Natal de 1993, inovou ao ser a primeira produção da teledramaturgia brasileira filmada em 16 mm, conferindo um aspecto cinematográfico à narrativa.
Diferente da maior parte das novelas tradicionais, Retrato de Mulher foi inteiramente gravada em São Paulo, revitalizando o núcleo paulista de dramaturgia da Globo. A série contou com a colaboração de roteiristas renomados, como Maria Adelaide Amaral, Alcides Nogueira e Walcyr Carrasco, que contribuíram para a diversidade das tramas.
Além da atuação de Regina Duarte, o Teledramaturgia recorda que a série trouxe participações especiais de artistas como Angela Dippe, Joana Fomm, Kito Junqueira, Roney Facchini e Stênio Garcia, que enriqueceram as histórias com atuações memoráveis.
Com sua abordagem original e interpretações marcantes, Retrato de Mulher conquistou visibilidade além do Brasil, sendo licenciada para mais de dez países, incluindo Angola, Canadá, França, Portugal e Rússia.
A série já havia sido reprisada no canal Viva, em 2014, e agora retorna ao Globoplay como parte dos projetos Resgate, Originalidade e Fragmentos, trazendo a memória da teledramaturgia de volta ao público.
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