Em entrevista à Contigo! Novelas, Isabel Teixeira explica como concilia gravações e apresentações audiovisuais; atriz ainda desabafa sobre rotina diária
Contigo! Novelas Publicado em 22/01/2025, às 13h30
No ar como a Violeta de Volta por Cima, Isabel Teixeira conta como dar vida a uma mulher bem resolvida com seu corpo a tem inspirado. Em entrevista à Contigo! Novelas, a atriz ainda explica como concilia as gravações da novela da TV Globo com as apresentações da peça Jandira – Em Busca do Bonde Perdido.
A Violeta também é uma mulher que gosta de viver e tem uma relação muito bem resolvida com a sexualidade dela...
"Ela gosta de namorar, só não sabia que ia se apaixonar pelo Osmar [Milhem Cortaz]. Mas eu tenho certeza de que é uma personagem também que gosta mais dela mesma do que de qualquer coisa. Então, para isso, ela tem que estar bem resolvida com o corpo, com o sexo, com a idade, com a autoestima, ela está com tudo em cima".
Nesse quesito ela te inspira?
"Muito, porque eu tenho que dar uma puxada nisso, tem que acreditar, tem que ter fé cênica [risos]. Eu fui uma adolescente na década de 1990 e isso faz com que eu tenha muitos problemas de autoaceitação, porque tinha um padrão. O mundo mudou muito, principalmente de 2010 pra cá, e como eu vivi o final do século passado e o começo deste século, essa virada faz com que eu comece a sacar que tem uma mudança de paradigma que a gente está em curso ainda, que talvez só venha a se resolver daqui a 200 anos, mas está em curso. A gente está se libertando de um certo padrão, apesar de ele estar sempre aqui e acho que ele vai sempre continuar, mas acho que tem outros lados que na década de 1990 tinha um só e agora tem muitos".
O tema da sexualidade da mulher madura é muito recente...
"Sempre esteve, mas era sempre uma exceção, né? Porque, por exemplo, eu estava assistindo à Sassaricando, no Globoplay, e tinha Irene Ravache, Tônia Carrero e Eva Wilma como personagens principais. Eram mulheres mais velhas para a época, deviam ter 40 anos, mas que hoje são os nossos 60 e elas estavam querendo curtir a vida. Isso sempre esteve de alguma maneira, mas era sempre exceção. Agora acho que é um assunto a gente falar da menopausa, que a gente está vivo, que não podemos ser inviabilizados, até palavras que estão muito no nosso cotidiano já, mas é para estar pra gente apontar mesmo. Pra mim é um exercício, não é fácil. É assim que eu sou e é assim que eu escolho ser, porque eu também posso escolher me transformar inteira, hoje em dia isso também está na pauta, né? Eu posso. Mas eu posso escolher também não fazer nada. Pra mim, ir atrás da Violeta nesse sentido, na gravação mesmo, com o figurino, é lindo o jeito que a mulher se veste para ver o corpo dela e não para esconder. Então eu tenho que estar nessa vibração. É um exercício legal que me puxa".
Você está emendando novelas. Gostou mesmo, né?
"Gostei. Eu dei uma declaração que deu uma viralizada falando que a minha imagem só descansa quando eu morrer [risos], porque comigo não teve essa de descansar a imagem. Meus boletos não descansam. Sou uma trabalhadora antes de mais nada. Eu curto muito trabalhar, por necessidade, mas eu gosto mesmo desse movimento trabalhista. Outro dia ri comigo mesma falando assim 'Um dia eles vão perceber que vou conseguir fazer a novela das 6, a das 7 e a das 9.' Porque daria, eu gravaria duas vezes na semana cada, um personagem pequeno, sai de uma e vai pra outra. No teatro já fiz muito isso. Eu criei meus filhos trabalhando em várias frentes, eu dirigi, fiz luz, escrevi, fui atriz principal, fui atriz não principal, eu fiz de tudo. Fui aprendendo a fazer por causa da necessidade e sempre emendando uma peça na outra. Nunca me falaram que a minha imagem podia descansar. Porque se ela pode descansar eu estou com a vida ganha, né? Não estou. A minha vida só vai estar ganha quando ela terminar, ganhei [risos]".
Você também está no teatro. Como consegue?
"Eu gosto de trabalhar. Eu estou trabalhando de domingo a domingo, pra mim uma coisa alimenta a outra e são coisas totalmente diferentes, o que o teatro me pede é uma e o que a TV me pede é outra".
Como tem conciliado a peça com as gravações da novela?
"Gravo toda semana e faço a peça no fim de semana. Parece que me deram o passaporte da alegria lá no playcenter [risos]. Eu vou gravar feliz de estar com a semana cheia. E me preparei para a novela, uma disciplina que é de esportista olímpico. Isso também é uma coisa da minha personalidade, que é a gincana da tia Bel. Então a gincana da tia Bel começou e a minha família, meus filhos, eles entendem isso e estão na gincana também. Às vezes tenho um dia de folga e vou ver minha filha [em SP] ou ela vem para cá, é uma loucura. Minha filha está sempre comigo no teatro porque é fim de semana, então é uma loucura, mas é uma loucura divertidíssima. Eu sou uma pessoa muito privilegiada, porque faço o que eu gosto e isso é muito raro, mas eu batalhei por isso e paguei às vezes caro por isso. Mas agora, que eu estou com 50 anos, vou usufruir disso. Eu gosto é de estar em movimento, de estar criando".
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