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Famosos / FRAUDE

Cantor sertanejo é preso por esquema de roubo de músicas; Murilo Huff é uma das vítimas

Cantor sertanejo, responsável por fraude de músicas no Spotify, prejudicou compositores em R$ 6 milhões; ele foi preso e bens apreendidos

Marillia Gomes
por Marillia Gomes
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Publicado em 22/01/2025, às 14h11

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Cantor sertanejo é preso por esquema de roubo de músicas; Murilo Huff é uma das vítimas - Reprodução/ Instagram
Cantor sertanejo é preso por esquema de roubo de músicas; Murilo Huff é uma das vítimas - Reprodução/ Instagram

Em uma operação do Ministério Público (MP), foi desmantelado um esquema de roubo de músicas no Spotify, controlado por Ronaldo Torres de Souza, um homem de 46 anos, natural de Passo Fundo (RS). Ele foi preso preventivamente no dia 5 de dezembro de 2024 e admitiu a fraude, tornando-se o primeiro sertanejo a ser preso por crimes relacionados a fraudes em plataformas de streaming musical no Brasil.

Como o esquema funcionava?

O esquema envolvia o uso de perfis falsos no Spotify, sendo Ronaldo responsável pela criação de 209 perfis sertanejos falsos. Utilizando documentos falsificados, ele vincularia o seu próprio PIX às faixas de música, conseguindo lucrar com os royalties gerados pelas reproduções.

Através dessa operação, o fraudador foi capaz de acumular uma grande quantidade de reproduções, somando 28 milhões, e gerando um enorme prejuízo para os compositores, que deixaram de faturar cerca de R$ 6 milhões.

Entre os artistas prejudicados estavaMurilo Huff, que teve suas músicas usadas sem autorização. Além disso, foi identificado o uso de Inteligência Artificial (IA) para criar as faixas, o que tornou o esquema ainda mais sofisticado e difícil de ser rastreado pelas autoridades.

Fazenda de streams e bens apreendidos

A operação revelou também que Ronaldo Torres operava uma verdadeira “fazenda de streams” em uma mansão de luxo no estado de Pernambuco. O local estava equipado com diversos computadores usados para reproduzir as músicas falsificadas de forma contínua e aumentar o número de streams, o que gerava lucros ilegais.

Durante a apreensão, mais de R$ 2,3 milhões em bens foram encontrados, incluindo imóveis, carros de luxo e equipamentos eletrônicos utilizados para o crime. Apesar da gravidade do crime, Ronaldo foi solto após a prisão preventiva e se manteve em silêncio, sem se pronunciar sobre o caso.

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