Guipa processa Roberta Nuñez Maia para romper contrato. O apresentador da Record, revelado em A Grande Conquista, sofre com repasses abusivos
Gabriel Perline Publicado em 12/12/2024, às 12h00
Guilherme Torrigo Pallesi, mais conhecido como Guipa, participou de A Grande Conquista 2 e agora está numa batalha judicial contra sua empresária. O apresentador da Record assinou um contrato com a agência Puro Glamour, que pertence a Roberta Nuñez Maia, em 2023, no qual a empresa se comprometia a buscar oportunidades na publicidade e participações em programas de TV com cachê, (como reality shows) com a contrapartida de que ele repassasse à agente um percentual em caráter de comissão sobre os valores de trabalhos que viesse a realizar. Porém, segundo ele, a aplicação tem sido abusiva, além de acusar a ex-agente de ser omissa. A começar pelo fato de afirmar que esta mulher nunca trouxe para ele nenhuma oportunidade comercial em quase dois anos de parceria e nunca executou os trabalhos de assessoria de imprensa prometidos no acordo. Agora ela estaria exigindo que ele repasse mensalmente a quantia de 30% de seu salário na Record.
Em quase dois anos de contrato, a assessora de Guipa firmou apenas um projeto para ele: sua participação em A Grande Conquista 2. Ele, inclusive, repassou 30% do cachê que recebeu da emissora de Edir Macedo. Isso estava dentro do acordo e o jornalista até anexou ao processo os comprovantes de transferência dos valores.
Ao deixar o confinamento, o ex-participante ganhou uma vaga como apresentador do Link Sport Club Podcast, um projeto da Record para a internet, no qual ele comanda lives diárias nas plataformas digitais da emissora. Guipa já tinha experiência na área antes de entrar no reality, e a emissora apostou em seu carisma para colocá-lo à frente do projeto, focado na cobertura do universo do Futebol.
Com o contrato de agenciamento artístico ainda em vigência, Roberta Nunes Maia tentou tirar 30% do salário de Guipa. E foi este o motivo da discórdia. No entendimento do jornalista, o contrato assinado com a tal empresária dizia respeito a trabalhos na publicidade ou participações em programas com cachês. Agora, ele está com um emprego. E, para ele, seu salário de funcionário não deve ser fatiado.
É importante pontuar que para o trabalho de apresentador de podcast na Record ele tem um salário de R$ 10 mil. Roberta estaria exigindo que ele repassasse mensalmente a ela a quantia de R$ 3 mil. Por considerar a prática descabida, abusiva e desvirtuada do acordo assinado lá em 2023, ele entrou na Justiça pedindo a rescisão de seu contrato de agenciamento artístico. Guipa ainda alega que seus superiores na Record não reconhecem qualquer vínculo empregatício com esta mulher.
"A Requerida tem pressionado o Requerente a pagar 30% de seu salário advindo de seu novo emprego no Podcast Link Sport Club em parceria com a rede Record de televisão, conforme a abusiva Cláusula quarta, parágrafo primeiro. Todavia a oneração é excessiva. Segundo o Requerente, o próprio diretor do programa NÃO RECONHECE qualquer vínculo com a Requerida, e tal situação tem causado manifesto prejuízo ao Requerente, tanto pelas cláusulas abusivas, pelos descumprimentos substanciais do contrato, e pela multa absurda que o obriga a permanecer no contrato leonino", dizem os advogados do jornalista.
Na ação, Guipa ainda afirma que esta mulher não cumpriu nem mesmo o que havia prometido para ele no início da parceria, em 2023. Roberta Nunes Maia não teria nem mesmo buscado veículos de imprensa para que ele pudesse conceder entrevistas ou tivesse algum destaque como convidado em algum programa de TV ou rádio. "O Requerente ratifica que na maioria esmagadora de seus projetos, entrevistas e demais compromissos, sempre o faz de maneira só, sem a presença da Requerida e tampouco assistência".
Guipa ainda diz que buscou uma ruptura do contrato, e novamente Roberta teria reagido de maneira abusiva, impondo a ele a multa de R$ 3 milhões para deixar de ser agenciado por ela. E como o valor está muito distante de seus ganhos financeiros e de sua realidade, o jornalista buscou o amparo da Justiça para romper o vínculo sem ter que contrair uma dívida que não pode pagar.
"A Requerida não cumpriu com as exigências prometidas. A Requerida estipulou cláusulas manifestamente abusivas que impedem o Requerente de sua desvinculação. O Requerente tentou contato amigável extrajudicialmente, todavia houve irredutibilidade da Requerida. O Requerente sofre do transtorno do TDAH com medicação controlada, déficit de atenção, e contou com ausência de clareza no momento da assinatura, ante as cláusulas abusivas e manifesta desorientação", apontou.
Ou seja, a defesa do ex-participante de A Grande Conquista 2 ainda justificou que ele incorreu em erro e na falsa percepção da realidade ao acreditar que teria que enviar 30% do valor apenas do prêmio do reality show e não de seu salário. Por fim, ele solicitou apenas a rescisão do contrato em busca de "ter a oportunidade de ver-se livre das amarras de um instrumento feito em seu desfavor, com uma multa multimilionária".
O caso segue em curso e ainda não há nenhuma decisão. Procuramos a tal empresária, mas até a publicação deste texto não recebemos sua resposta. Atualizaremos caso decida se manifestar.
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*Texto de Júlia Wasko
Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e apaixonada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko
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