Influenciadora é condenada por expor caso de adoção de Klara Castanho; saiba os detalhes

Dois anos após ser vítima de um estupro e ter sua vida pessoal exposta nas redes sociais, Klara Castanho venceu mais uma batalha judicial. Em 2022, jornalistas e influenciadores foram responsáveis por noticiar que a atriz entregou uma criança recém-nascida para adoção, mas sequer imaginavam que ela havia sofrido um abuso sexual. O resultado? A influenciadora digital Dri Paz terá que pagar uma indenização por dano moral de R$ 70,6 mil à atriz.

Na época, Klara Castanho ainda escreveu uma carta contando todos os detalhes do crime e como enfrentou a situação mesmo com os julgamentos, mas não deixou de lado seus direitos. Mais de dois anos depois, a Justiça de São Paulo condenou em primeira instância Adriana Kappaz, conhecida como Dri Paz. 

A influenciadora digital criticou a atriz por entregar para a adoção uma criança recém-nascida. No processo judicial, Klara Castanho esclareceu que todas as críticas fizeram com que ela fosse obrigada a vir a público por meio de uma carta aberta, mesmo após enfrentar inúmeros traumas ao ser vítima de um estupro. 

De acordo com a ação, Dri Paz "publicou um vídeo em suas redes sociais pedindo perdão, tentando deixar a responsabilidade a terceiros" logo após a divulgação da carta. A advogada Luciana Leoni, responsável pela defesa de Klara Castanho, ressaltou que as declarações da influenciadora digital foram "irresponsáveis ​​e abusivas". 

"Essa menina tá alegando pra gente que ela foi vítima de abuso, que essa criança é vítima de um abuso. Eu não posso afirmar, essa parte eu não sei, tá gente? Porém, eu não acredito na história do abuso, gente. A história que chegou para mim primeiro foi que essa menina teve relações com um homem aí que é comprometido, casado, não sei. Uma figura pública também muito conhecida que jamais assumiria essa criança. Essa é a história que chegou pra mim", disse ela.

Até o momento Dri Paz não apresentou sua defesa no processo judicial. A coluna tentou entrar em contato com ela, mas até a conclusão do texto não recebeu um retorno. A Justiça de São Paulo ainda entendeu que ela de "forma temerária e irresponsável, ignorando qualquer cautela ou empatia, envolvida especificamente na exposição negativa à imagem da atriz, já fragilizada pela situação pessoal que vivenciara".