Pedro Vasconcelos - Reprodução/Instagram
Difícil

Ex-diretor da Globo revela que enfrentou depressão em gravações: “Discordava e me sentia inútil”

Ex-diretor da Globo usou as redes sociais para revelar um momento difícil que passou durante o trabalho em uma das obras da emissora

Guilherme Rodrigues Publicado em 12/08/2024, às 15h05

Pedro Vasconcelos, diretor de inúmeras obras da Globo, como Morde & Assopra (2011), Império (2014), Além do Tempo (2015), A Força do Querer (2017) e Espelho da Vida (2017), revelou uma situação que viveu na época que trabalhou na minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes (2007), de Gloria Perez.

“Estava fazendo a minissérie Amazônia e no meio do trabalho entrei em depressão. Estávamos lá há mais de 40 dias isolados e longe dos nossos familiares. Ainda haveria muitos dias de trabalho. A comunicação era precária e a sensação de tristeza e depressão bateu forte. Não estava feliz naquele trabalho, discordava de muitas coisas e me sentia inútil e à toa. Passava os dias assistindo as filmagens e me perguntando porque: estou aqui? Pra quê?”, apontou o profissional no Instagram.

Trinta, quarenta dias e nada de trabalhar, apenas assistindo as gravações. No auge da vontade de fazer, de botar a mão na massa, nada sobrava pra mim. Voltava ao hotel após mais um dia à toa e caía chorando no quarto. Depressão é assim, aparentemente nada é tão rua quanto parece ser, mas a alma entristecida e calada nos afasta da nossa essência”, refletiu Pedro.

“Um dia, troquei a tristeza pela raiva. ‘Quer saber? Se não sou útil aqui, vou ser útil pra mim. Vou fazer por mim o que não estão fazendo’. Tomei então duas atitudes que mudaram a minha vida e o meu estado emocional, duas atitudes que reacenderam o meu interior”, destacou o famoso, dizendo que leu dois livros.

“Os livros salvaram a minha vida. Eu tinha levados livros para a viagem. Um deles era o Yoga Para Nervosos, do José Hermógenes. Devorei o livro em poucos dias e fui me conectando de volta a minha essência. Nunca mais larguei os livros do mestre. O outro era o Dona Flor e os Seus Dois Maridos, de Jorge Amado. Eu estava enrolando para fazer a adaptação teatral do livro, que seria o meu próximo trabalho no teatro”, recordou o diretor.

“Comecei a trabalhar com afinco sempre que chegava das tendenciosas gravações. Passava o dia esperando a hora que voltava para o hotel para fazer o trabalho que estava me trazendo a vida de volta. Passava a noite inteira trabalhando. Arrumei um motivo para viver, algo que mexeu com a minha alma, que me trouxe luz e força. O trabalho na série começou a melhorar para mim. A saudade dos meus familiares se acomodou e a angustia passou”, avaliou Vasconcelos

Quando voltou para São Paulo, recebeu a notícia de um sócio que tinha conseguido recurso para fazer a peça. “Um ano depois, estreamos. Mais de um milhão de espectadores, cinco anos de temporada. Os livros salvaram a minha vida mais uma vez. Reacenderam a minha alma, me trouxeram alegria, realização e prosperidade. Ponto de virada”, concluiu Pedro.

 

Globo Pedro Vasconcelos

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