Eduardo Moscovis está no ar em No Rancho Fundo e na reprise de Alma Gêmea - Divulgação/Beatriz Damy/TV Globo
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Eduardo Moscovis defende o direito de imagem nas reprises: 'Discussão séria'

Em entrevista à Contigo! Novelas, Eduardo Moscovis celebra o clima nos bastidores de No Rancho Fundo e defende o direito de imagem dos atores

Fernanda Chaves Publicado em 31/07/2024, às 10h00

No ar em No Rancho Fundo e na reprise de Alma Gêmea, ambas na TV Globo, Eduardo Moscovis celebra o clima nos bastidores da trama das 6, reflete sobre a personalidade do personagem, o empresário avarento Ariosto, e defende o direito de imagem dos atores, em entrevista à Contigo! Novelas; confira. 

Dois grandes marcos da sua carreira foram na faixa das 6 da TV Globo. Como é voltar para o horário que te consagrou?

O horário das 6 é um horário gostoso, bom, é mais lúdico, que te permite humor, leveza, ele é um horário que fala muito com um público específico ainda, né? Antes de eu fazer essa novela, as pessoas me encontravam e falavam do Petruchio [personagem da novela O Cravo e a Rosa], me falam que têm preferência pelo horário. Eu acho que o fato de não se aprofundar tanto nos temas mais pesados consequentemente deixa a história um pouco mais leve, um pouco mais lúdica, mais gostosa, que foge um pouco da característica de uma trama das 9, que tem que mexer com temas mais pesados.

Você vem de mocinhos marcantes no horário e o Ariosto, de No Rancho Fundo, é quase um vilão...

Não sei ainda se ele pode ser considerado um vilão, ele é um cara ganancioso, amargurado, um cara que não trata muito bem as pessoas, o jeito dele falar é um pouco agressivo, ríspido, mas até aí é só um cara mal-educado. É um cara desagradável para os outros, deve ser desagradável para ele também ser desse jeito, mas isso não o credencia como um vilão para mim.

Como foi voltar para a rotina de gravação de uma novela?

Quando a gente faz uma novela, a gente vai trabalhar, vai para casa e estuda o que vai fazer no dia seguinte. Ou seja, a gente está vivendo a novela o tempo todo. Quando você quer espairecer, e vai ao restaurante, à praia, vê alguém falar da novela também e é isso durante meses. Você está vivendo intensamente o personagem, a trama e a exposição que isso te traz. Sobre as gravações, tem sido um ritmo cuidadoso no sentido da exploração artística, do tempo cadenciado com as descobertas de personagens. Tem uma coisa atípica para mim, que é o fato de a gente ter alguns personagens que já existiam, de atores que vieram de outra novela e que já têm intimidade com o seu próprio personagem e dos personagens entre eles, que pra gente é novo, parece que é uma turma da escola em que você tá chegando novo. Mas a gente está num astral, estamos felizes.

Você contracena com novos talentos, como o Túlio Starling. Dá conselhos para ele?

Não dou conselho, a gente conversa um pouquinho. O Túlio é um fofo, querido, bom ator pra caramba,
ele tem uma história já, apesar de ser mais novo, ele tem uma investigação teatral potente e algumas experiências de TV. É superestudioso, aplicado. 

Mas divide sua experiência em TV com ele?

Um dia falei: “Relaxa, cara”. Porque ele faz bem e quer fazer melhor, porque quando a gente começa, a gente fica inseguro, né? “Ah, podia ter feito desse jeito, podia ser assim.” E eu falei: “Você é bom, está fazendo bem, está tudo certo”. Fazemos uma escolha aqui e é igual na vida, né? Escolhemos aqui e não escolhemos ali [risos], você abre mão. O Túlio é um querido, meu núcleo é uma delícia, a Valdineia Soriano, o Jorge Ritchie, a gente está se divertindo, está um barato.

Alma Gêmea está sendo reexibida. Suas novelas são sempre reprisadas. Gosta de reassistir?

Acho que a gente tem uma discussão séria sobre isso. Uma coisa é eu gostar que ela passe ou não, outra coisa é que profissionalmente estamos atentos e estamos reivindicando os direitos de imagem. A gente está numa era das plataformas digitais, em que é reprisado muita coisa, em vários lugares e a gente não recebe nada por isso. Então, por um lado, me deixa feliz, porque é um trabalho que as pessoas assistem e gostam, mas, por outro, profissionalmente, estou sendo desrespeitado. Essa é a questão da greve nos EUA. É uma nova era em que a gente está tendo que lidar, mas que está defasada já e precisamos equalizar isso. É lógico que gostamos que as pessoas falem da gente, do personagem, mas a gente quer os direitos.

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