Procurado pela Contigo!, o cardiologista Mozar Suzigan esclarece sobre estresse emocional e relação com infarto; o médico analisa caso de Graciane Azevedo
A morte da empresária e ex-candidata à Morena do Tchan, Graciane Azevedo, trouxe um mistério que abalou familiares e amigos. Segundo pessoas próximas, ela "morreu de amor" após a perda trágica de seu marido, Maurício Contrucci, horas antes de sofrer um infarto fulminante. Em entrevista à Contigo!, o médico cardiologista Mozar Suzigan analisa caso da dançarina e esclarece sobre estresse emocional e relação com infarto: "Risco de várias questões".
Conforme relatado pela colunista Fábia Oliveira, do portal Metrópoles, Maurício Contrucci faleceu poucas horas antes de Graciane, o que teria desencadeado o mal súbito na empresária. Segundo fontes próximas, Graciane, ao descobrir a morte do marido, passou mal e veio a óbito logo em seguida. Por isso, alguns amigos da artista afirmaram que ela morreu de amor, mas isso é possível?
O Dr. Mozar Suzigan, médico cardiologista da Clínica Sartor, afirma que quando uma pessoa passa por um estresse emocional muito importante, o corpo libera hormônios do estresse como adrenalina e cortisol que causam várias alterações no sistema cardiovascular como taquicardia, coração acelerado, e aumento da pressão arterial que são fatores que podem aumentar o risco de infarto, AVC e arritmias.
"O estresse emocional intenso leva ao aumento da pressão arterial, taquicardia e dos níveis de hormônios do estresse, como o adrenalina e cortisol que juntos podem desencadear uma cascata de alterações que causam um infarto", declara.
O especialista menciona que existe condição rara é a síndrome do coração partido, também conhecida como cardiomiopatia de Takotsubo, é uma doença rara que provoca sintomas semelhantes aos de um infarto.
"Ela é desencadeada por um estresse emocional ou físico intenso, como, por exemplo, a perda de um ente querido. Essa síndrome é desencadeada por um aumento súbito de hormônios do estresse, como a adrenalina, que podem afetar o coração, mimetizando os sintomas de um infarto", esclarece.
Porém, o Dr.Mozar reforça que a síndrome do coração partido não é responsável por provocar um infarto, ele informa que o estresse pode sim influenciar no aumento de pressão que, consequentemente, pode desencadear o infarto.
"Em resumo, o estresse vai liberar muitos hormônios, fazer subir a pressão, vai dar taquicardia e algumas outras alterações metabólicas que aumentam o risco de várias questões, a principal é infarto, mas pode aumentar o risco de AVC, arritmias e essa síndrome do coração partido. A base gera todas essas possibilidade, [mas] falar que a síndrome do coração partido gera infarto é errado", finaliza.
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