Ramille, de Família É Tudo, diz que obstáculos pelo caminho não a paralisaram: 'Muita fé'

Os nãos pelo caminho não paralisaram Ramille, que sempre soube que sua hora iria chegar. Depois de estrear na TV em Encantado’s, a atriz e cantora celebra o sucesso de sua primeira novela, em entrevista à Contigo! Digital. “Meu Deus, é real!”, diz.

Quem é Ramille?

Ramille é uma suburbana de Irajá, sonhadora, batalhadora, nada na minha vida veio fácil. Tive o apoio
da família, porque nessa profissão são muitos nãos que a gente recebe, então precisa ter a família do lado, uma rede de apoio e acreditar. Sou daquelas que estudam, acho que não existe isso de talento, existe estudo e a gente vai plantando as oportunidades. 

Você sempre acreditou que iria dar certo?

Sou uma pessoa que tem muita fé, acho que as coisas acontecem no momento certo, com as pessoas certas. Eu sempre confiei, acreditei em mim, no meu potencial e eu sou muito esforçada e determinada. Então, desde sempre eu fiz cursos, estudei e aí vieram outras oportunidades. Fiz teste para Malhação e não rolou, depois fiz para outra novela e não rolou, mas em nenhum momento achei que não ia acontecer, pelo contrário, isso me dava mais vontade de estudar.

Recebeu muitos nãos antes dessa novela?

Antes de ser atriz, meu foco era ser cantora. Fiz parte de banda, do realityGot Talent Brasil, na Record, fiz musical. Voltei a estudar na pandemia e me encontrei na atuação, decidi que era isso que queria fazer. Fiz testes e mais testes até chegar à Melissa, de Encantado’s, e agora na Andrômeda de Família É Tudo.

E logo na sua primeira novela você já pega uma das protagonistas!

Babado, né? Eu não finjo costume para nada, tudo isso pra mim é muito surreal! Eu tinha feito o teste
para essa novela, mas há muito tempo, nem lembrava mais do teste, achei que não tinha rolado. Eu estava no meio de uma aula quando recebi a ligação do produtor de elenco perguntando se eu ainda tinha interesse. Ele disse que não seria para o papel que fiz, e sim para a protagonista. Falei que era lógico que eu queria! Meu mundo caiu [risos]! Ele disse que me daria a resposta depois de uma reunião.

E como foi esperar a confirmação do produtor para entrar no elenco?

Fiquei naquela expectativa e, quando ele ligou da outra vez, eu já estava com o meu pai e com a minha mãe, foi uma gritaria, a gente chorava, porque essa é uma vitória que não é só minha, é da minha família, dos meus amigos, de todo mundo que acreditou em mim, eu não estou aqui sozinha. A minha preparadora, Ana Carter, mudou a minha vida e me ensinou a técnica que eu uso, tenho muita gratidão por ela e sei que se não fosse ela eu também não estaria aqui. É muita gente aqui comigo sabe, os meus ancestrais.

É o seu primeiro CLT?

Não, Encantado’s foi meu primeiro trabalho CLT. Agora a mãe revigorou, a mãe agora é pessoa jurídica, meu amor [risos]! Estrear em um papel de destaque deve ter um peso, afinal, as pessoas ficam de olho em você, criam expectativas, elogiam, criticam.

Como trabalhou sua cabeça para lidar com isso e com toda a exposição do trabalho?

Graças a Deus a minha terapeuta, Carla, me ajuda muito, mas eu sou simples, tenho o pé no chão. Quero que as coisas que serão para mim sejam minhas, e Deus e meus orixás, eles sabem o que vai ser melhor, então recebo tudo de bom. Eu sou otimista, mas não crio expectativa, eu vou vivendo um dia de cada vez. 

Já caiu a ficha de que você conseguiu ser protagonista de uma trama global?

Eu sou uma pessoa que a ficha vai caindo muito aos poucos. No dia em que vi a chamada da Andrômeda na televisão, eu chorei horrores, porque a gente sonha tanto em chegar e quando você chega, fiquei assim: “Meu Deus, é real!”. E eu estou curtindo tanto esse momento, me dedicando cem
por cento a Andrômeda. 

Você tem a música em comum com a personagem. Esse seu lado está pausado?

Não, eu sou cantora também. Meu sonho era ser cantora até eu voltar a estudar atuação e me encontrar, mas quero deixar claro que não rejeito oportunidades não. Quem quiser vir, pode vir, vamos com tudo. Alô, gravadoras, alô, compositores, alô, produtores, estamos aí! A mãe está on!