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Alexandre Nero: Muito mais que criativo!

Se os últimos anos foram incríveis para o ator, imagine 2016, com a chegada do primeiro filho, Noá, e o foco em projetos musicais, como interpretar o maestro João Carlos Martins nos cinemas

Por Tainá Goulart / Fotos: João Passo e Reprodução Instagram Publicado em 29/04/2016, às 12h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Se os últimos anos foram incríveis para Alexandre Nero, imagine 2016, com a chegada do primeiro  filho, Noá, e o foco em projetos musicais, como interpretar o maestro João Carlos Martins nos cinemas - Fotos: João Passos e Reprodução Instagram
Se os últimos anos foram incríveis para Alexandre Nero, imagine 2016, com a chegada do primeiro filho, Noá, e o foco em projetos musicais, como interpretar o maestro João Carlos Martins nos cinemas - Fotos: João Passos e Reprodução Instagram
De longe, Alexandre Nero, observa os cinco fones de ouvido vermelhos deixados em cima da mesa. Até então, está posando tranquilo para as fotos, sorrindo, com uma case do violão na mão, durante o lançamento da segunda coleção de camisetas da Pignon Noir, marca criada pela irmã Andrea Nero, na quinta-feira (14), em São Paulo. Quando o fotógrafo sugere uma foto mais criativa, os olhos do ator, detentor de dois Prêmios Contigo! na carreira, se voltam imediatamente para os objetos vermelhos de segundos atrás. Começa a enrolá-los na cabeça, rapidamente, um em cima do outro. Pronto! Língua para fora, braços abertos, riso de atitude. Ele está finalmente à vontade, dentro de sua personalidade extrovertida mais no limite. Nada de Romero, nada de Comendador, seus últimos personagens na TV. Ele os deixou para trás e trouxe o Nero músico, que não aparecia há um certo tempo, devido aos consecutivos trabalhos em Império (Globo, 2014) e A Regra do Jogo (2015). “Na verdade, eu não sei como dou conta disso tudo (risos)! Sou do tipo que gosta de ficar muito focado na hora de criar alguma coisa. Do contrário, não faço nada direito. Na época em que estava dedicando meu tempo à TV, gravava quase 24 horas por dia. E aí pensava: ‘Como vou sair pra fazer um show ou escrever alguma coisa?’”, explica Nero, que, além de atuar, também compõe desde criança. Para quem não sabe, ele já lançou nove discos e toca violão, guitarra, banjo, bandolim... 

E foi por essa musicalidade tão latente que ele foi escolhido para viver nos cinemas o maestro e pianista João Carlos Martins (um dos maiores especialistas em Bach no mundo, que precisou lutar contra sequelas neurológicas que o fizeram perder os movimentos das mãos, a partir dos anos 1990). Nero viverá o músico em um segundo momento, depois dos 35 anos, até a fase atual, sendo a primeira interpretada pelo ator Rodrigo Pandolfo. “O diretor Mauro Lima queria alguém que tivesse uma ligação muito forte com a música, principalmente na parte teórica, para o filme. O nome do Alexandre apareceu, pelo histórico dele como músico, e eu adorei a escolha!”, diz João Carlos à CONTIGO! sobre sua versão para as telonas.


Descanso criativo

Depois de uma sequência de personagens marcantes – sendo o último Romero Rômulo, em A Regra do Jogo –, Nero quer relaxar. Porém, não vai ser um período longo de viagens em família. Em maio, ele começa a rodar o longa biográfico, que terá passagens por São Paulo, Montevidéu, no Uruguai, e em Nova York, nos Estados Unidos. “Por enquanto, quero descansar das novelas. O Brasil precisa de uma folga da minha cara. De férias, eu consigo fazer outras coisas, tudo bem que não descanso. Voltar a me dedicar à música é maravilhoso, fiquei muito entusiasmado com isso. Criar artisticamente é o meu futebol, o meu passatempo preferido. Me entusiasmei bastante depois do show que fizemos na semana passada. Fiquei emocionado quando toquei uma música que fiz para meu filho. O público curtiu bastante essa versão fofa do Alexandre (risos)”, brinca, sobre a apresentação intitulada Bricrabraque (segundo o dicionário, conjunto de objetos usados ou brechó), na capital paulista. A ocasião também serviu para conhecer o maestro, que foi à apresentação. “Não havíamos conversado pessoalmente, só tinha visto alguns vídeos dele. Depois que ficou confirmada sua participação no filme, comecei a assistir à novela, para ver sua dramaturgia. Sinceramente, acho que ele beira à genialidade. Também fiquei impressionado com a musicalidade e com a versatilidade dele no palco, depois de ver o show. Tenho certeza que ele dará conta do recado, principalmente quando for reger uma orquestra na Sala São Paulo”, diz o maestro. Para o papel, Nero está fazendo aulas de inglês e piano — porém, as mãos que irão executar Bach na tela serão de um pianista profissional.  


Noá só quer mamar

Se o piano estará presente nos próximos meses da vida do ator, em casa, a brincadeira também teve vez. O filho do ator com a produtora de moda Karen Brusttolin, Noá, de 4 meses, recentemente pode ser visto em foto que ela publicou nas redes sociais — o pequeno aparece com as mãos sobre o piano que o casal mantém em casa. “É, papai, acho que perdeu seu piano...”, escreveu Karen. Nero se derrete toda vez que fala do menino. “Os primeiros meses foram bem complicados, principalmente para minha mulher. Eu tento ajudar em tudo, troco fralda, dou banho, mas isso é o de menos pra ele. O que eu posso fazer se o Noá só quer mamar e não tomar banho!”, se diverte. Vira e mexe, o ator posta fotos fofas ao lado do filho nas redes sociais, mostrando que, além de um dedicado e multifacetado artista, é também um pai bem devotado. “Agora ele está ficando ‘grandinho’, largou o peito e está mais livre da mãe. O guri está ficando sociável, já está dando aquelas risadas gostosas, que eu fico babando. Logo deve começar a engatinhar e aí vou poder curtir de verdade! Só espero que não tenha essa veia artística que corre na minha família (risos)! Brincadeira, mas é que a vida de artista não é fácil. As pessoas só veem o lado bonito da coisa, mas não sabem a ralação que é! Não queria isso muito para ele, não. Mas não dá para saber se vai ter talento pra alguma área, ele é muito pequeno ainda.” 

O fracasso é tudo

O ano de 2016 realmente será o ano da música para Nero. Depois do filme, ele passa a se dedicar ao espetáculo O Grande Sucesso, sobre o tema do sucesso (claro!) e do fracasso. “Somos eu e um elenco de oito pessoas. Vamos escrever a peça e compor as canções que farão parte dela — ou seja, mais música na minha vida. Se é para fazer algo legal, eu me jogo mesmo! Quero trazer a história de uma banda que está atrás da fama. A ideia é abordar como o sucesso e o fracasso caminham juntos. Todo mundo só quer vencer e eu acho isso tão chato. Tem coisas do fracasso que são tão engraçadas! Eu estou aproveitando esse sucesso enorme que tive nos meus trabalhos até agora para mostrar às pessoas que o fracasso também tem um lado bom”, analisa Nero, que deve fazer dois personagens na história. A estreia está prevista para agosto, em São Paulo, e o grupo pretende ficar até o fim do ano em turnê por várias capitais brasileiras.