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Camila Queiroz abre o jogo sobre maternidade e revela planos para ser mãe: “Um sonho”

Em entrevista para a Contigo! Novelas, Camila Queiroz comenta sobre sua carreira, personagem em ‘Amor Perfeito’ e sonho de ser mãe

CONTIGO! Novelas Publicado em 29/04/2023, às 01h23

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Camial Queiroz revela desejo de ser mãe - Divulgação e Reprodução/ Instagram
Camial Queiroz revela desejo de ser mãe - Divulgação e Reprodução/ Instagram

Protagonista de Amor Perfeito, nova novela das 6 da Globo, Camila Queiroz fala sobre o drama de sua personagem, o sonho de ser mãe e das dificuldades que já enfrentou na carreira.

Assim como você saiu da sua cidade para ir em buscar do sonho de ser modelo, a Marê sai da dela para estudar. Se identifica com a personagem?

Apesar de ter esse elo, são histórias completamente diferentes. A Marê é uma menina herdeira, dona de um hotel. E nos anos 1930, o que ela faz, que é romper essa barreira do preconceito – é a primeira mulher a se formar numa faculdade de Administração e Finanças, um lugar dominado por homens – é muito diferente da minha situação, né? O que nos une é essa vontade de realizar sonhos, de buscar mais, de não se acomodar no que tem, porque ela já tinha tudo. Mas ela vai para se formar e um dia poder comandar o hotel. É isso de ter um pouco as rédeas da própria vida.

A personagem terá oito anos sofridos...

Esses anos na cadeia são uma loucura, acontecem muitas coisas com ela, inclusive, descobre a gravidez já presa. Ela passa a gestação sofrendo muito porque a Gilda (Mariana Ximenes) é a única pessoa que pode receber esse filho pra criar. É uma situação difícil para a Marê, porque ela imagina: se a madrasta já criou toda essa situação para tirá-la do caminho e tomar conta da herança, o que não será capaz de fazer com o filho? Então, quando é obrigada a se separar do menino, é horroroso. Depois oito anos, ela imagina como o filho está, como ele é, com quem ele se parece.

De onde tirou esse lado maternal?

Desde criança eu tenho, nasci pra ser mãe, só não sou ainda. Sou mãe de pet. Mas é um sonho.

No início do ano, especularam que você estava grávida. Isso te assustou?

Eu estava de férias, viajando com o Klebber (Toledo, marido) e mais um casal de amigos, e quando eu vi aquilo eu falei ‘não é possível!’ E cada vez que eu atualizava meu Instagram, eram mais comentários, mais matérias anunciando essa gravidez. E eu já sabia que ia começar a novela e pensava ‘não gente, agora não, tenho uma novela!’, mas acho que não tinha sido divulgada ainda.

Sente cobrança para engravidar?

Já senti mais. Acho que, hoje, o público entende que estou em um momento importante de carreira, tenho conquistado muitas coisas importantes como artista. E também entendo que o público queira um filho nosso. Imagina, a beleza daquele homem. Imagina vir um Klebbinho (risos)?! Entendo a curiosidade das pessoas, a vontade, mas não é por agora. E não sei dizer quando será. Temos muitos projetos pela frente. Mas também não vou dizer que vai demorar anos, que vai ser neste ano ou começo do ano que vem, não sei. Mas a vontade existe!

Para chegar até aqui, você levou muita pedrada?

Levo ainda. Sempre quis ser artista, não só atriz. A minha conexão com a arte começou na dança. Era dançarina de hip hop, tocava bateria, gosto muito de música. Com 10 anos, escrevi minha primeira peça de teatro, sem nunca ter ido ao teatro. Minha vizinha estudava teatro e ela me contava a experiência dela e, baseada nisso, criei a minha própria peça. Só que eu era diretora, não atriz. Depois criei concursos de miss na minha rua, eu era apresentadora, não a miss. Então, olhando pra trás, entendi que sempre fui isso, sabe? E não quero me limitar à atuação. Quero apresentar, cantar, dançar... Quero estar pronta para um musical, um filme de ação... Quero fazer tanta coisa! Quero explorar tudo que tem dentro de mim. E a gente toma pedrada. Faz parte? Que pena que faz, porque só a gente sabe o quanto rala, estuda e se dedica para, de repente, ler uma coisa ou outra que dói.

E você sempre foi muito disciplinada...

Até demais. Sou muito responsável com meu trabalho, com tudo, quero ser excelente no que faço. Não excelente no mercado, não quero ser a melhor, quero ser a melhor para mim, dentro das condições que tenho. Em 2017, fiz Pega Pega e perdi meu pai na primeira semana de gravação. O meu emocional acabou. Porque me vi em uma situação vulnerável e frágil, tendo que lidar com uma reestruturação familiar, uma recente fama, uma protagonista diferente, um sotaque carioca, um universo novo para mim e a partida do meu pai. Lembro de uma coisa cruel: enterrei meu pai no domingo e na terça gravei a cena em que o meu avô, que era o Marcos Caruso, infartava e eu o levava para o hospital. Não consegui gravar a cena, eu ia para o canto e chorava. Eu falava: ‘Não consigo, enterrei meu pai há dois dias! Como estou empurrando uma maca agora?’. Naquela novela, fui bastante criticada e aquilo me doía profundamente, porque dei o meu melhor dentro do que estava acontecendo na minha. Hoje, olho para trás com mais compaixão por mim. Sou muito autocrítica.

Você leva muito a sério o que faz...

Muito! E não vão me ver reclamar. No máximo, direi que estou cansada. Mas nunca direi ‘não aguento!’ Amo o meu trabalho, sou workaholic e quero sempre mais. Mas, às vezes, o que passamos na vida pessoal também é complicado e, naquela situação, tinha acabado de perder meu pai. Digo isso porque a internet é cruel quando quer. Ela é maravilhosa, nos abre caminhos e nos conecta com o público. Mas também é difícil quando você está em um momento vulnerável ou mais frágil e tem que lidar com certas pedradas, quando só você sabe o que está passando.

Isso fez você duvidar da sua capacidade?

Muitas vezes e nem por isso desisti. Tenho uma história de vida que, pra mim, é de muita luta e vitória. Vim de um lugar simples, da Cohab. Minha família é super- humilde, as minhas avós vieram da roça, está todo mundo lá até hoje. Então, conquistar tudo o que conquistei é uma grande vitória! Tenho que lembrar de celebrar as conquistas digo isso para todo mundo. Celebrem as conquistas, porque cada um sabe a sua dor, cada um sabe o leão que mata por dia para vencer. Estar aqui hoje era um sonho impossível. Então, estou muito feliz de realizá-lo.