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Hana Kolodny compartilha angústias em peça dirigida por Carlos Vereza: 'Uma só alma'

Em entrevista à Contigo!, Hana Kolodny fala sobre ser dirigida por Carlos Vereza em nova peça

Mariana Krunfli, sob a supervisão de Arthur Pazin Publicado em 15/03/2024, às 14h52 - Atualizado às 18h01

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Hana Kolodny estrela a peça Lotte Zweig – A Mulher Silenciada - Foto: Fábio Audi
Hana Kolodny estrela a peça Lotte Zweig – A Mulher Silenciada - Foto: Fábio Audi

Hana Kolodny estrela a peça Lotte Zweig – A Mulher Silenciada, em cartaz desde 1 de março no teatro Fashion Mall, no Rio de Janeiro. Em entrevista à Contigo!, a atriz fala sobre ser dirigida por Carlos Vereza na trama e compartilha angústias com sua personagem: "Uma só alma".

"Trabalhar com o grande Carlos Vereza é uma experiência que me fez amadurecer profissionalmente alguns anos em três meses. Vivemos um processo intenso, foi muito valioso passar tanto tempo com esse mestre, que virou um dos meus melhores amigos", compartilha sobre o trabalho ao lado de Carlos Vereza.

"Mesmo com grande diferença de idade, ele é jovial e aprendo com sua vasta cultura e conhecimento. Muito do que estudei em livros de história, ele mesmo viveu na pele. O mais legal é que, com o Vereza, converso de igual para igual, mesmo ele sendo quem é", acrescenta a atriz. 

Na trama, Hana Kolodny encara o papel da escritora Lotte Zweig, que foi encontrada morta ao lado do marido, Stefan Zweig, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em 1942. "Stefan e Lotte eram uma dupla, um casal, uma equipe e uma só alma". 

"Achei muito pertinente e louvável o Vereza contestar o suposto suicídio do escritor e de sua esposa, como foi divulgado na época, encobrindo o verdadeiro crime, e dar destaque à Lotte, pois pouco se fala dela, apesar dela ter sido uma intelectual extraordinária e leal esposa. Tornou-se imprescindível para mim e o Vereza revelar, através da arte, o que ficou oculto por tanto tempo e fazer justiça pelo casal", afirma. 

Com uma preparação intensa para viver a personagem, a atriz destaca como foi o processo: "Tive que resetar minha mente, respiração, postura, linguagem no geral e até monitorei o conteúdo que consumia para entrar no ritmo da Lotte. Também, por me identificar com ela e partilhar de suas angústias, senti muito sua dor e, com o processo, aprendi a estabelecer uma distância segura, sem perder a personagem, a fim de não me cansar tanto emocionalmente e manter o pique durante a catarse".

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Para o futuro, Hana Kolodny conta que deve seguir com a paixão pelos palcos, como também se arriscar em novelas, cinema, streaming e até na música. "Tenho muitos sonhos, sou ambiciosa e, quando desejo alguma coisa, vou atrás com muita garra e coragem".