Em entrevista à CONTIGO!, ela contou como descobriu sua nova paixão e revela sonho de investir na atuação; veja
Modelo internacional, influenciadora e TikToker nas horas vagas, Clara Raddatz está bombando nas redes sociais ao dividir com os seguidores suas dicas de moda e as histórias que viveu ao longo da carreira. Aos 23 anos, a top possui uma trajetória vitoriosa nas passarelas dentro e fora do Brasil.
Natural do Rio Grande do Sul, ela já modelou em São Paulo, no Chile, no Japão, na Inglaterra e viu a vida mudar após a pandemia. Sem poder seguir a rotina intensa de viagens e desfiles como de costume, ela encontrou na criação de conteúdo um novo jeito de se manter ativa.
Em entrevista à CONTIGO!, ela contou que a carreira na web aconteceu “completamente sem querer”, mas que, agora, é apaixonada por inspirar os seguidores que ganhou.
“Baixei o TikTok durante a quarentena para me distrair. Um dia assistindo vídeos, vi um áudio que combinava com uma situação da vida de modelo e decidi gravar. O vídeo bombou e comecei a ganhar seguidores. Depois disso eu peguei gosto, não queria decepcionar aquelas pessoas que me seguiram e aí continuei gravando”, afirmou ela.
Nos vídeos, a modelo ironiza questões relacionadas à carreira, faz piadas das situações vividas por muitas modelos e aposta no bom humor. "Hoje em dia sou apaixonada pela galera que me segue, a grande maioria são pessoas muito jovens e eu quero muito inspirar e divertir", diz a top que já acumula mais de 3,8 milhões de visualizações em seus vídeos.
@clararaddatz Até queria mas mcdonalds tao bom ##fyp##modelo##vidademodelo
♬ som original - Leonardo Pacheco
@clararaddatz O domingo era só dedo no c e gritaria mas continua sendo meu lugar favorito no mundo 🤷♀️ ##fyp##modelo##vidademodelo
♬ jealous girl lana del rey - !marvete, the asgardian
Clara Raddatz nunca pensou em ser modelo. Apaixonada pelas artes, ela tinha o sonho de ser atriz e de se jogar no mundo da atuação. Porém, aos 15 anos, na saída de sua escola em Cachoeira do Sul, interior do RS, ela deu de cara com um olheiro.
“Confesso que não dei muita atenção, mas meus amigos e minha família ficaram bem empolgados e me incentivaram”, contou. A modelo confessa que não foi nada fácil começar uma carreira com tão pouca idade. No ano seguinte, ela se mudou de sua pequena cidade para a capital paulista.
“Fui morar em um apartamento de modelos de dois quartos onde em algumas épocas moraram até 14 meninas, era bem complicado. Também fui sem dinheiro nenhum, minha família ajudava com o que podia o que não era muito, e minha carreira demorou um pouco para decolar então todo o trabalho pequeno que eu conseguia ia para pagar o aluguel basicamente”, diz ela lembrando que todo início é sempre desafiador.
Ao longo da carreira, a modelo conquistou uma considerável experiência internacional. Em seu currículo, estão trabalhos em centros de referência da moda, como Espanha, Alemanha e França.
Em seu primeiro trabalho no exterior, ela ficou dois meses em Santiago, no Chile, após realizar uma campanha que chamou atenção de muitos clientes. Depois dessa aventura, a top passou a estampar capas de revistas internacionais e a modelar para marcar importantes no mundo da moda.
Um dos desafios é lidar com as diferenças culturais. Ela conta que até o casting é diferente. Se adaptar a cada realidade acaba se tornando um desafio a mais na profissão.
“Japão é bem diferente, por exemplo, pois o volume de trabalho é muito maior então todo o esquema de castings e tudo mais é diferente. Como a língua é difícil e muitos do clientes não falam inglês a agência nos leva até os testes”, conta.
Um dos problemas mais citados na carreira de modelo é a pressão estética. Ao longo dos últimos oito anos, a modelo não nega ter passado por episódios desconfortáveis devido às exigências feitas sobre seu corpo. Mesmo dentro dos padrões, ela também é cobrada para atingir um patamar muitas vezes cruel.
“No meu primeiro São Paulo Fashion Week, apesar de estar no auge da minha magreza, perdi todos os desfiles depois das provas de roupa por não estar magra o suficiente. É algo que mexe demais na cabeça de uma menina de 16 anos”, relatou.
Só atualmente ela conseguiu construir uma relação mais tranquila e estável com o próprio corpo. Para a modelo, a pressão afeta o psicológico a ponto de fazer com que muitas meninas questionem suas carreiras. “Não adianta estar em todos os trabalhos, mas mental e fisicamente estar doente”, pontua.
Para o futuro, ela espera ter a oportunidade em breve de investir em um de seus sonhos, a atuação.
“Além dos trabalhos como modelo quero focar na minha carreira de atriz aqui no Brasil, estudar e crescer nesse mercado. Também quero continuar crescendo na internet que se tornou uma grande parte da minha vida”, deseja.