Solteira há sete meses, a apresentadora encara com leveza a delicada fase de transição. Enquanto isso, celebra dois anos no É de Casa (Globo) e torce por outra temporada do Caixa de Costura (GNT)
Patrícia Poeta, 41 anos, conta, animada, que adotou um cachorrinho. Ela, que já tinha Bob, um shih-tzu, agora também conta com a alegria de Marley pela casa. “Quando decidi, brinquei que seria com estilo, peguei roupinha... Nem parecia um vira-lata (risos). Está sendo uma experiência diferente, mas eles se deram superbem. Felipe (filho único da apresentadora, 15), quem sugeriu o nome”, destaca a gaúcha. O ano de 2017 está sendo marcante para ela, que se separou do diretor Amauri Soares, 51. Após quase 17 anos de união, anda se redescobrindo aos poucos. “Ainda estou um pouquinho na toca, em um momento de transição. Sempre cuidei dos outros. Hoje, estou olhando mais para mim.” Feliz nos dois anos de É de Casa (Globo), Patrícia torce pela segunda temporada do reality Caixa de Costura (GNT). “Foi o meu primeiro programa gravado, gostei de assistir”, diz.
Como foi a chegada dos 40?
Supertranquila. A mulher de 50, 60, é cheia de vida. Sou libriana, gosto de equilíbrio. Tenho a experiência, um filho grande, sem a ansiedade de antes. Estou mais calma e cheia de energia.
Gosta de ser uma referência?
Gosto de ver as tendências e respondo a quem me escreve na rede social. Até mesmo no caso do medicamento para emagrecer, sempre disse que não usava a quem me perguntava. Tinha muita gente comprando, sem saber o que tem no composto. Os produtos estavam acabando e gente ganhando dinheiro usando a má-fé (usando o seu nome). Estou processando esses criminosos, fico preocupada.
É consumista?
Não saio comprando um monte de coisas. Sempre tiro peças que não uso do meu guarda-roupa e faço doações. Trouxe de Nova York (época em que foi correspondente) a praticidade e o olhar para a moda. Estava sempre com o carrinho do Felipe olhando as vitrines. Procuro colocar na roda as roupas, são para usar. Prefiro ter uma peça curinga. Monto looks por categorias e tiro fotos, otimiza o tempo. Levo dois minutos para me vestir.
Você perdeu 10 quilos com reeducação alimentar. Já fez dietas malucas?
Já fiz quando era jovem. De vez em quando, faço jejum intermitente, quando vou fazer exercício aeróbico. Geralmente, pulo o café da manhã, que não me faz falta. Mas não abro mão de um bom almoço.
Como está a sua alimentação?
Sou de comer quando estou com fome. Como de tudo, tento controlar. Meu problema é bolo, brigadeiro, carboidrato... Tenho bala diet na bolsa, o que me ajuda na semana. Nunca gostei de bebida alcóolica. Na socialização, forço um pouco, mais na marra do que pela vontade.
Quando achou que deveria emagrecer?
Relaxei com a rotina. Não parece, mas, no auge, cheguei a ter o peso da gravidez. Não senti, essa é a questão. Quando a saia que tinha há anos não entrou, foi sinal que o negócio estava puxado...
Você não fica parada...
Tenho feito mais balé fitness, gosto do clima da aula, é uma forma de relaxar, pegar pesado e dançar. Faço musculação também e vou variando, não pode ser obrigação. De vez em quando, faço aula de samba e de stiletto. Comecei a surfar com meu filho – achava que nunca iria conseguir. Aprendemos a jogar tênis e agora estamos combinando de jogar vôlei na praia, que ensinei a ele.
Quais são seus cuidados com o cabelo e a pele?
Hidrato o meu cabelo a cada 10 dias. Na pele, uso ácido hialurônico e vitamina C. De vez em quando, faço um tratamento para estimular o músculo. Procuro usar colágeno, manipulações, pensando a longo prazo.
Felipe quer seguir seus passos?
Não! Engraçado.... Ele adora surfe, música, fala em Física, Biologia, essas áreas. Não tem nada a ver com Comunicação.
Se reconhece nele?
Ele tem uma coisa parecida comigo. Quando gosta, se dedica, foca. Acorda às 5h para surfar, mesmo estando na fase das festinhas. Também é muito carinhoso, sou assim. Sou mãe, educo, mas temos amizade, parceria. Viajamos nas férias de julho para a Indonésia, ele que escolheu. Segundo Felipe, foi a sua melhor viagem.
Como é a Patrícia mãe?
Sempre fui de cuidar. Agora, estou incentivando e aproveitando junto. Você cria o filho para o mundo. Não sou ciumenta e ele também não é comigo. Gosto de conversar com as meninas, digo para a namoradinha dele jantar lá em casa.
Está aproveitando a fase solteira?
De vez em quando, saio para jantar com os amigos, para papear. Às vezes, eles vão lá para casa... Ainda não inaugurei essa fase, sempre fui caseira. Estou um pouquinho na toca. Fui para Buenos Aires com Zeca Camargo (apresentador, 54) e minha irmã caçula (Paloma, 24, jornalista). Reunimos uma turma lá, foi a primeira vez que saímos juntas, sozinhas. Semana que vem, saio de férias, por 15 dias, e vou para Tailândia e Japão.
Está aberta a um novo amor?
Estou em um momento de transição nesses sete meses. Fiquei casada por quase 17 anos, o que tenho curtido é poder viver o meu momento. Sempre cuidei dos outros. Hoje, estou olhando um pouco mais para mim, fazendo coisas que tenho vontade. Está surgindo uma nova Patrícia, que está se redescobrindo, sem pressa. Houve essa reinvenção no trabalho e na vida pessoal. É um momento diferente, mas ao mesmo tempo tem me dado prazer, surpreendentemente. É saudável cuidarmos mais da gente. Tem sido uma fase boa e compartilhada com grandes amigos e com a família, isso é bacana. Tive pouquíssimos namorados. Nunca tinha ficado sozinha antes.
Em agosto, o É de Casa completou dois anos. Passou rápido?
Parece que foi ontem. Não foi só a estreia do programa, foi o início de um novo caminho, marcou a mudança do jornalismo para o entretenimento. Todo mundo estava animado e com expectativa. Meu pai (Ivo, 73, advogado) estava lá.
O programa consolidou-se rápido...
Fomos aprendendo e crescendo com a ajuda do telespectador, adaptando e acertando a mão. Não tínhamos uma referência, era tudo muito novo.
Sente o seu crescimento profissional?
Quando aconteceu essa mudança, que era um sonho há um bom tempo, encarei como aprendizado. Deu para aprender nesses dois anos, a ideia é crescer mais. Cada desafio, programa que fiz, encarei assim. É uma das coisas que me estimulam. É mais diversão do que trabalho. Costumo receber os amigos em almoços, bate-papo... Amo fazer isso. Claro que, durante a semana, trabalhamos bastante para fazer o programa. As pessoas que vão sentem-se acolhidas.
Quando você deixou o JN, em 2014, o seu projeto de um programa de entretenimento não emplacou. Foi difícil?
Encarei de uma forma tranquila. As minhas conquistas aconteceram cedo, era muito jovem. Com 38 anos estava saindo do Jornal Nacional. Às vezes, começa-se uma carreira nessa idade e estava concluindo a minha no jornalismo, o que também adorava fazer. Por ser acelerada, sou de sair da zona de conforto. Não me imagino fazendo uma coisa por muito tempo, temos de nos reciclar, reinventar.
Continua a vontade de ter um programa próprio?
Não vivo do passado e nem do futuro. Sou de fazer tudo o que me dão e aproveitar, tirar o máximo de aprendizado.
O Caixa de Costura (GNT) terá uma segunda temporada?
Acho que vai, sim, o retorno foi ótimo. Foi puxado gravar e não parei o É de Casa. Formamos uma família. Gosto de trabalhar com novos formatos. Foi o meu primeiro programa gravado, gostei de assistir. Sempre estive com a adrenalina a mil do ao vivo.