Carlinhos Maia recordou os abusos que sofreu na infância, inclusive de uma professora que foi responsável por ensiná-lo a escrever
Publicado em 12/11/2024, às 14h59
Carlinhos Maia foi entrevistado no podcast Podpah e revelou que foi vítima de estupros na infância. “Eu fui abusado várias vezes quando criança. Por vizinhos, parentes. Várias vezes, eu fui uma criança muito abusada. Graças a Deus eu não me tornei um pedófilo. Até um tempo atrás, eu não gostava de colocar nem criança no meu colo porque eu me remetia as coisas que faziam comigo, eu dizia, ‘não, para não achar que eu vou fazer alguma coisa com essa criança’’”, contou o influenciador digital.
“Eu fui começar a abraçar o meu sobrinho um dia desses, para você ter noção. Mas olha, não morri com isso. Foi muito duro, muito maluco. O povo tem um negócio de, ‘vai lá, salva a sua criança interior’. Eu digo ‘não, a minha criança interior que me salvou’. Se ela resistiu a tudo isso e me trouxe até aqui é porque ela é muito f*da, ela é um super-herói, me salvou”, refletiu o famoso.
“Eu não tenho que salvar ela de nada, eu não tenho que voltar lá atras porque eu não vou conseguir, eu não sou Deus para fazer isso. Eu só tenho que agradecer a ela. As pessoas tem esse negócio de ‘buscar a criança interior’, para com essa burrice porque você não vai voltar lá. Não tem como, você não tem máquina do tempo. Agradece a sua criança interior, liberta ela porque senão você nunca vai viver. Tudo que ela sofreu, tudo que ela fez para te salvar, para você se tornar um adulto incrível, forte, resiliente”, seguiu o humorista.
“Ela já fez a parte dela, ela só quer agora ser libertada É isso que eu sinto comigo. Então assim, tá liberta, gratidão. Você me salvou, foi forte, f*da, esteve lá, resistiu, bateu de frente, você conseguiu sobreviver. E se hoje eu sou isso aqui foi porque você foi muito f*da”, apontou Carlinhos.
“Eu acho que eu sofri os abusos justamente por eu ser o ‘gayzinho’, ter o jeito mais (afeminado) e aí se aproveitavam disso. Eu ficava sozinho em casa, minha mãe ia trabalhar junto com o meu pai e eu tinha que ficar em casa com sete, oito anos, sozinho. A minha professora que me ensinava a escrever me abusava. Eu só lembro dos peitos na cara, eu criança. Os vizinhos, um segurava na mão, outro na outra e iam lá e faziam o que vocês já imaginam. Isso não foi um, nem dois, nem três, foi por muitos anos. Hoje eu falo com muita dor, mas foi”, concluiu Maia.
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