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Caso de Emicida e Fióti é irreversível? Psicólogos analisam estado dos irmãos

Emicida e Fióti romperam a relação profissional após cantor acusar o irmão na Justiça; psicóloga Claudia Melo e psicanalista Artur Costa analisam

Laura Vicaria
por Laura Vicaria
lvicaria@editoracaras.com.br

Publicado em 09/04/2025, às 11h50

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Caso de Emicida e Fióti é irreversível? Psicólogos analisam estado dos irmãos - Reprodução/Instagram
Caso de Emicida e Fióti é irreversível? Psicólogos analisam estado dos irmãos - Reprodução/Instagram

Irmãos e agora ex-sócios, EmicidaFióti romperam oficialmente a relação profissional. Isso porque o rapper acusou o irmão de desviar R$ 6 milhões da empresa que possuem juntos, o Laboratório Fantasma. Nas redes sociais, a própria mãe dos rapazes, Dona Jacira, se colocou do lado de Fióti e acusou o outro filho de calúnia:

“Sem chance de defesa, fizeram-no réu. As hienas que nos rondam, querem nossa queda. Mas não conseguirão. Falo em nome das mulheres que estão à frente da LAB desde quando ninguém via possibilidade. Fióti, sua dor é nossa dor. Quando a injustiça se instala, com todo respeito ao jurídico, as mediações de conflitos e estratégias para restabelecer a ordem são muito importantes, porém eu, Dona Jacira, digo que a maldição lançada em forma de calúnia deve ser retirada pela boca de quem a lançou, antes que seja tarde”, declarou ela em seu Instagram.

O que leva irmãos próximos a se distanciarem tanto?

Segundo a psicóloga Claudia Melo, isso é comum e pode acontecer quando algum pilar familiar é desgastado: "Acreditamos que todo ser humano busca autenticidade, aceitação e um espaço seguro para ser quem é. Quando esses pilares se rompem, surgem o silêncio, o afastamento e, por vezes, a mágoa. O distanciamento entre irmãos não acontece de repente, ele vai se construindo no não-dito, nos ressentimentos não acolhidos, nas expectativas não compreendidas", disse ela à CONTIGO!

A profissional ainda pontua que o amor não é o único fator necessário para uma relação familiar se manter saudável: "A resposta pode estar na falta de um espaço onde cada um se sinta genuinamente escutado e compreendido. Muitas vezes, há amor, mas não há diálogo. Há história, mas não há presença. Irmãos que foram companheiros de lutas podem se perder ao longo da jornada quando sentem que suas verdades já não cabem no mesmo espaço. O afeto pode ficar encoberto por mágoas acumuladas, por sentimentos de injustiça ou por necessidades emocionais não atendidas".

Núcleo familiar afetado

De acordo com o psicanalista Artur Costa, uma briga como a de Emicida Fióti pode abalar toda a família: "Quando há conflitos, surgem tensões nos demais membros, que muitas vezes se sentem pressionados a tomar partido, como no caso da mãe entre Emicida e Fióti. Isso abala a harmonia emocional da família, gera silêncios desconfortáveis, distanciamento e até rupturas mais profundas. A dor é intensificada porque envolve vínculos formados desde a infância, carregados de história, afeto e expectativas. Em casos assim, há uma sensação de luto emocional — como se a relação tivesse 'morrido' sem que ninguém soubesse exatamente como salvá-la", disse.

Como melhorar a relação?

Claudia Melo afirma que é importante que os irmãos cedam o ego e comecem a se ouvir: "A psicologia acredita profundamente no poder do encontro genuíno: aquele em que se escuta sem julgar, se fala sem agredir, se permanece presente mesmo na dor. A reconciliação começa quando há disponibilidade para escutar o outro, não apenas com os ouvidos, mas com o coração. É preciso coragem para revisitar feridas e disposição para recomeçar com empatia, autenticidade e aceitação incondicional. Olhar para si e para o outro com generosidade e afeto".

Segundo Artur Costa, isso pode levar tempo pois é necessário enfrentar um processo de cura emocional: "O primeiro passo é reconhecer a dor causada, tanto no outro quanto em si mesmo. É preciso abrir espaço para o diálogo sincero, sem cobranças imediatas ou tentativas de 'voltar ao que era antes'. Reatar não é esquecer, mas transformar a relação com base na verdade, no respeito aos limites e no desejo mútuo de reaproximação. O afeto familiar tem uma força única, mas só floresce novamente quando há disposição para reconstruir a confiança com empatia e humildade".

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