Assumiu a culpa pode mudar a pena do assassino de Vitória; saiba como
O suposto assassino da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, teria assumido o crime para a polícia de Cajamar, na grande São Paulo. Maicol Antonio Sales dos Santos teria dito que matou a adolescente após ela ameaçar entregar o relacionamento extraconjugal que eles viviam, ele ainda afirmou que agiu sozinho. Mas você sabia que a confissão pode ajudar a beneficiar o criminoso?
Em entrevista à CNN Brasil, o advogado criminalista Rafael Valentini afirma que a confissão pode ser utilizada para diminuir a pena de Maicol. Isso porque, mesmo com ressalvas, a declaração pode ser interpretada como uma forma de arrependimento.
“A confissão praticamente confirma a autoria do crime, o que certamente influenciará a decisão do juiz […] e, no dia do julgamento principal, a conclusão dos jurados”, explicou. "[A confissão] poderá ser utilizada pelo juiz-presidente do julgamento para diminuir a pena do acusado”.
A também advogada criminalista Amanda Silva Santos confirmou essa versão ao jornal: “Nesse caso, a confissão pode servir como atenuante na pena”.
Os advogados do mecânico garantem que não houve nenhum tipo de confissão. Eles afirmam que qualquer declaração feita por Maicol sem a presença de seus representantes “ofende a legislação processual pertinente e carece de validade jurídica, sendo potencial causa nulificadora do processo”.
Ou seja, uma confissão judicial sem a presença do advogado não teria valor probatório, o que não beneficia a investigação de nenhuma forma. Entretanto, a polícia afirma que a declaração do mecânico foi feita na presença de um representante.
Novas provas contra Maicol, principal suspeito do assassinato de Vitória Regina, foram reveladas em uma investigação detalhada. De acordo com o Domingo Espetacular, um software avançado conseguiu recuperar imagens do celular do acusado, nas quais ele aparece segurando um revólver calibre 38 e um punhal. Além disso, um documento obtido pela Record mostrou que Maicol tirou um print de um story postado por Vitória, no qual ela dizia: “bora pra casa descansar que amanhã tem mais”, levantando suspeitas de que ele estaria monitorando seus passos.
As investigações apontam que Maicol vigiava Vitória há pelo menos sete meses e chegou a criar uma conta falsa em uma rede social para espioná-la. Testemunhas da prisão relataram que, ao ser confrontado com as provas, ele teria ficado sem resposta e apenas afirmou: “Matar, eu não matei”. CONTINUE LENDO.