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Famosos / FAMÍLIA

Filho de Lucas Lucco pode estar sentindo o transtorno do pai: 'Esponja emocional'

Luca de apenas 3 aninhos, o filho de Lucas Lucco, pode estar sofrendo ao ver o pai lidando com o TDAH e a bipolaridade; entenda mais

Laura Vicaria
por Laura Vicaria
[email protected]

Publicado em 18/12/2024, às 17h50

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Filho de Lucas Lucco pode estar sentindo o transtorno do pai: 'Esponja emocional' - Reprodução/Instagram
Filho de Lucas Lucco pode estar sentindo o transtorno do pai: 'Esponja emocional' - Reprodução/Instagram

Recentemente, Lucas Lucco compartilhou sua trajetória com o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). Trabalhando em sua saúde mental, o cantor já disse que há dias mais difíceis de lidar e agradeceu todo o apoio dos seguidores nos últimos tempos. Porém, os fãs acabaram lembrando de um detalhe importante nessa história: o filho do sertanejo, o pequeno Luca de 3 aninhos.

Para entender como a criança pode estar se sentindo diante desse cenário, conversamos com Telma Abrahão, biomédica, especialista em neurociências e desenvolvimento infantil, autora best-seller e criadora da Educação Neuroconsciente.

J: Crianças podem acabar sofrendo ao verem os pais com algum transtorno psicológico?

Telma:Sim, crianças podem ser impactadas pelo ambiente emocional em que crescem, especialmente em idades tão sensíveis como a dos primeiros anos de vida. Elas são como "esponjas emocionais", absorvendo as emoções e comportamentos ao seu redor, mesmo que não compreendam exatamente o que está acontecendo. Quando um pai ou uma mãe enfrenta transtornos como depressão ou bipolaridade, a criança pode sentir confusão, tristeza ou até desenvolver medos relacionados à instabilidade emocional. Contudo, é importante ressaltar que com suporte adequado, como psicoterapia para os pais e uma rede de apoio consistente, esses impactos podem ser minimizados.

J: Como não transmitir a dor do transtorno ao filho?

Telma: Proteger a criança do impacto emocional envolve autocuidado do pai ou mãe e buscar suporte profissional para poder garantir que a criança tenha um ambiente acolhedor e previsível, onde suas necessidades emocionais sejam validadas.

Explicar o que está acontecendo de forma apropriada para a idade, usando uma linguagem simples. Por exemplo: "Às vezes, o papai fica triste ou cansado, mas ele está cuidando disso para se sentir melhor". Contar com pessoas de confiança, como familiares ou rede de apoio sempre que possível, e quando ele não estiver emocionalmente disponível. E criar momentos de conexão emocional com a criança, mesmo em pequenas interações, pode fazer toda a diferença no fortalecimento do vínculo e na segurança emocional do filho.

J: A bipolaridade é um transtorno hereditário, o que Lucas Lucco pode fazer para ficar mais atento à saúde do filho?

Telma: O transtorno bipolar tem uma base genética, mas fatores ambientais e a maneira como a criança é criada também desempenham um papel importante. Lucas pode observar sinais de alterações emocionais ou comportamentais incomuns à medida que o filho cresce, como oscilações de humor extremas ou dificuldade em regular emoções. Criar um ambiente previsível e emocionalmente seguro, minimizando estressores excessivos. Ensinar desde cedo práticas de autorregulação emocional, como nomear sentimentos e lidar com frustrações. Consultar profissionais Neuroconscientes, que compreendem o neurodesenvolvimento infantil ou psiquiatra especializado para orientações específicas, caso tenha dúvidas sobre o desenvolvimento emocional do filho. Prevenir é mais sobre oferecer suporte e um ambiente saudável do que esperar por sintomas.

J: Quando os pais de Luca se separaram, ele tinha apenas 1 aninho. O divórcio pode ter afetado o menino mesmo com pouca idade?

Telma:Sim, mesmo em uma idade tão jovem, uma separação pode impactar o desenvolvimento emocional e cognitivo da criança, já que ela é altamente sensível às mudanças no ambiente e na rotina. Bebês e crianças pequenas podem não compreender o divórcio, mas percebem a ausência de um dos pais ou tensões no ambiente familiar. Isso pode resultar em insegurança ou em um aumento de comportamentos como choro, irritabilidade ou apego inseguro. Por outro lado, o impacto do divórcio pode ser mitigado quando os pais mantêm uma relação respeitosa e asseguram que a criança se sinta amada por ambos. O mais importante é a continuidade de uma relação próxima e afetuosa com os pais, independentemente de viverem juntos ou não.

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