Grávida aos 44, Gisele Bündchen revisita dúvidas sobre a gestação após os 40 anos. Dra. Isabela Melo explica cuidados necessários
Publicado em 29/10/2024, às 16h30 - Atualizado às 16h33
Gisele Bündchen, aos 44 anos, celebra a chegada de seu terceiro filho! A icônica modelo, já mãe de Benjamin, de 14 anos, e Vivian, de 11, frutos de seu relacionamento com Tom Brady, agora aguarda ansiosamente o primeiro filho com o namorado, o instrutor de jiu-jitsu Joaquim Valente, de 35 anos. No entanto, a gravidez após os 40 vem com desafios: mulheres nessa faixa etária precisam de cuidados especiais devido ao aumento dos riscos de complicações, tanto para a mãe quanto para o bebê.
Outras famosas, como Sabrina Sato, que também está grávida, e Cláudia Raia, que já deu à luz, passaram pela experiência de gestação após os 40 anos. Embora essa fase envolva novas considerações de saúde e cuidados específicos, os avanços médicos tornaram a gravidez tardia mais acessível e segura para muitas mulheres.
A ginecologista Isabela Melo explica que, embora seja possível engravidar naturalmente após os 40 anos, a fertilidade feminina começa a declinar de forma significativa a partir dos 35. "A fertilidade feminina diminui gradualmente após os 30 anos, e essa queda se acentua após os 35, especialmente a partir dos 40. No entanto, muitas mulheres ainda conseguem engravidar sem a necessidade de intervenções médicas", afirma à Contigo!
Além das questões de fertilidade, a gravidez tardia é considerada de risco devido a algumas possíveis complicações para a mãe e o bebê. "À medida que a mulher envelhece, há um aumento nas chances de complicações, tanto para a mãe quanto para o bebê. Isso pode incluir maiores riscos de hipertensão, diabetes gestacional, parto prematuro e problemas com a placenta. Além disso, há um aumento nas chances de anomalias cromossômicas, como a síndrome de Down", explica a ginecologista. Ela também destaca que, embora esses riscos existam, muitas mulheres têm gestações saudáveis após os 40 anos, especialmente quando cuidam bem da saúde e recebem acompanhamento médico adequado.
Para avaliar o desenvolvimento da gravidez e minimizar riscos, o pré-natal para gestantes acima dos 40 anos é geralmente mais rigoroso. Isabela Melo reforça: “Geralmente, inclui consultas mais frequentes e exames adicionais, como ultrassonografias detalhadas e testes genéticos para anomalias cromossômicas. Além disso, orientações sobre alimentação, exercícios e bem-estar emocional são importantes”, afirma a médica.
Os riscos para o bebê, embora relevantes, também podem ser controlados, em sua maioria, com o acompanhamento pré-natal adequado. “Uma mãe com mais de 40 anos pode enfrentar alguns riscos adicionais na gestação que podem afetar o bebê. Um dos principais riscos é o aumento das chances de anomalias cromossômicas, como a síndrome de Down. Isso ocorre porque a qualidade dos óvulos diminui com a idade. Além disso, há uma maior probabilidade de complicações como parto prematuro, baixo peso ao nascer e problemas com a placenta, que podem afetar o fornecimento de nutrientes e oxigênio ao bebê”, explica.
A ginecologista finaliza lembrando que o apoio médico e psicológico é fundamental para ajudar a gestante a lidar com as expectativas e os desafios de uma gravidez tardia. "Engravidar mais tarde pode trazer preocupações e estresse, então é bom ter uma rede de apoio e, se necessário, conversar com um profissional. As mulheres precisam se sentir seguras e apoiadas, e o acompanhamento médico é essencial para garantir uma gestação saudável tanto para a mãe quanto para o bebê", conclui.
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