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Médica alerta sobre compulsão alimentar e uso de álcool de Gominho: 'Vazio emocional'

Gominho confessou que sua alimentação mudou drasticamente em função de sua compulsão alimentar e uso de álcool

Júlia Wasko
por Júlia Wasko
jwasko@perfilbr.com.br

Publicado em 11/04/2025, às 14h11

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A médica explicou mais detalhes da compulsão alimentar de Gominho - Reprodução/Instagram
A médica explicou mais detalhes da compulsão alimentar de Gominho - Reprodução/Instagram

Durante a pandemia, Gominho passou a encarar uma grande mudança em sua vida ao iniciar um processo de emagrecimento. O ex-participante de A Fazenda percebeu que sua alimentação e uso de álcool estavam relacionados com a compulsão. Em entrevista à Contigo!, Ana Luisa Vilela explica mais detalhes do comportamento do artista.

"Comer para preencher um vazio emocional é algo que a ciência chama de alimentação emocional. Ou seja, a pessoa usa a comida como uma forma de lidar com sentimentos difíceis, como tristeza, solidão, ansiedade, frustração ou até tédio — e não apenas por fome física", explica.

"Preencher o vazio emocional com comida é uma realidade para muitas pessoas. A ciência explica que alimentos ricos em açúcar e gordura ativam áreas de prazer no cérebro, oferecendo um alívio momentâneo para sentimentos de tristeza, ansiedade ou solidão. Mas, como esse alívio é temporário, o ciclo pode se repetir e gerar ainda mais sofrimento", acrescenta.

Em seu relato, o influenciador digital admitiu que o álcool e a comida eram apenas formas de tentar tampar os vazios que ele sentia. À Contigo!, a médica nutróloga explica que o uso de bebidas alcoólicas está relacionado à sensação de prazer e compensação: "A compulsão vem para preencher vazios. A comida e o álcool causam uma sensação fugaz de prazer, criando uma roda que alterna momentos de felicidade e remorso. Muito comum ao paciente compulsivo".

"O álcool pode piorar a compulsão alimentar porque afeta as áreas do cérebro que controlam o impulso e a recompensa (como o córtex pré-frontal e o sistema dopaminérgico). Beber álcool reduz o autocontrole, deixando a pessoa mais vulnerável a episódios de compulsão. Além disso, o álcool aumenta a fome (por mecanismos hormonais como aumento da grelina) e diminui a percepção de saciedade", acrescenta.

"Pessoas que já têm transtornos alimentares, como compulsão, são mais propensas a desenvolver problemas com álcool — o que os estudos chamam de 'transtornos cruzados'. O álcool pode ser um gatilho para episódios de compulsão. Álcool e compulsão compartilham mecanismos de dependência parecidos — ativando o sistema de recompensa do cérebro. Quem está tratando a compulsão alimentar deve ter atenção especial ao consumo de álcool, pois ele pode sabotar o tratamento. Inclusive, algumas linhas de tratamento para compulsão alimentar incluem estratégias para moderação ou abstinência do álcool, dependendo do perfil do paciente", finaliza.

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