Como está a ex-BBB Aline após revelar relação tóxica? Psicóloga Andressa Taketa analisa estado mental da ex-policial
A ex-participante do Big Brother Brasil 25 e policial Aline Patriarca revelou recentemente que viveu um relacionamento abusivo antes de entrar no programa. Em entrevista ao jornal Extra, a ex-sister contou que seu pai abriu seus olhos para o que estava acontecendo em sua antiga relação: "Demorei a entender o que estava vivendo. A gente se questiona, se culpa... muitas vezes, aceita calada por medo ou por acreditar que a situação vai mudar. Quando me dei conta, disse para mim mesma: 'Não vou continuar aqui, eu valho mais que isso'".
Segundo a psicóloga Andressa Taketa, o abuso e o controle no relacionamento começa de forma silenciosa, o que dificulta a identificação. "Observe seus sentimentos e comportamentos: você sente culpa constantemente porque o abusador sempre manipula as situações para responsabilizá-la. Você se sente insegura, inferiorizada e desvalorizada, pois está sempre recebendo críticas, comparações e julgamentos negativos", disse a profissional em entrevista à CONTIGO!
Ela seguiu: "Aos poucos, você percebe um isolamento crescente, afastando-se dos seus amigos, familiares, hobbies e sonhos. Você vive em um estado de ansiedade e confusão mental, pois nunca sabe qual versão da pessoa irá encontrar, se será carinho ou desprezo, elogio ou humilhação. Além disso, sente-se emocionalmente dependente e incapaz de deixar essa relação".
Taketa explica que se trata de uma "prisão emocional invisível". "Você se apega justamente à pessoa que mais te fere, e esse apego nasce de um ciclo destrutivo e viciante. O abusador alterna momentos de abusos com demonstrações de afeto, criando uma montanha-russa emocional. Ele te machuca, e depois age como se nada tivesse acontecido, oferecendo carinho e atenção", disse.
É nesse momento que a vítima começa a sentir os sintomas do relacionamento abusivo: "Essa oscilação gera uma dissonância cognitiva (confusão mental): você se vê tentando conciliar duas versões opostas da mesma pessoa, e para aliviar esse conflito interno, acaba justificando o abuso. Diz a si mesma(o) que ele está passando por uma fase difícil, que é só estresse, que no fundo ele te ama. E, como em qualquer vício, ao tentar se afastar, você sofre uma abstinência real: insônia, ansiedade, culpa, angústia, tristeza profunda. Sua identidade se dissolve, você já não sabe mais o que gosta, o que quer ou quem é fora dessa relação. E o medo de sair é paralisante, você acredita que sozinha não vai sobreviver".
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