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Psicólogo aponta graves danos na mulher com maior dor do mundo: 'Extremamente difícil'

Mulher com maior dor do mundo sofre com problemas psicológicos, duas doenças autoimunes e uma vida ao redor do hospital; veja

Laura Vicaria
por Laura Vicaria
lvicaria@editoracaras.com.br

Publicado em 01/04/2025, às 13h15

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Psicólogo aponta graves danos na mulher com maior dor do mundo: 'Extremamente difícil' - Reprodução/Instagram
Psicólogo aponta graves danos na mulher com maior dor do mundo: 'Extremamente difícil' - Reprodução/Instagram

Carolina Arruda tem apenas 27 anos e já lida com duas doenças autoimunes: a neuralgia do trigêmeo (conhecida com a maior dor do mundo) e a espondiloartrite axial. O psicólogo Alexander Bez analisou em entrevista à CONTIGO! que a vida conturbada da influenciadora pode acarretar o agravamento de transtornos psiquiátricos, o que piora significativamente sua saúde física e - obviamente - mental. 

"Os estímulos psicológicos, como depressão, ansiedade, estresse, decepções e angústias, também podem atuar como gatilhos. Além disso, a privação do sono ou noites de descanso insuficiente podem agravar essa predisposição", explicou o também escritor. "O maior sofrimento decorre do fato de estarmos lidando com dor crônica, que, além de ser debilitante, afeta a saúde cardiovascular, a pressão arterial e o ritmo cardíaco".

Uma vida de sofrimento

Bez pontua que as idas e vindas o hospital pioram ainda mais o quadro psicológico de uma paciente como Carolina. "A dor crônica gera um ciclo de sofrimento constante. O paciente precisa aprender a lidar com esse quadro, e o processo de internações frequentes cria uma dualidade entre otimismo e pessimismo", disse. "Quando a doença se torna mais crônica e as internações se tornam frequentes, o otimismo começa a ser consumido pelo pessimismo. Isso resulta em uma carga emocional negativa maior, o que pode agravar ainda mais o quadro reumatológico".

A dica principal é que a pessoa entenda sobre a doença que foi diagnosticada para trabalhar a mente dentro da realidade: "O conhecimento sobre a doença e o entendimento de que se trata de um quadro crônico podem, em alguns casos, trazer um certo alívio psicológico. [...] No caso das doenças autoimunes, há medicamentos específicos para a condição reumatológica, mas o suporte psicológico também é essencial".

Tratamento psicológico atrelado ao físico

É essencial que o paciente faça psicoterapias e passe por médicos psiquiatras durante um tratamento físico como o de Carol. "Se o paciente puder intensificar as sessões de psicoterapia e associá-las ao uso de ansiolíticos, a ansiedade e o pânico podem ser reduzidos. Essa parece ser a melhor conduta para ajudá-lo a lidar com o sofrimento intenso que essas doenças causam", aconselhou Bez.

E seguiu: "A melhor maneira de minimizar os impactos psicológicos da doença é combinando psicoterapia e medicação. Caso o paciente tenha uma tendência depressiva ou desenvolva um quadro de depressão em decorrência do estresse emocional causado pela doença, pode ser necessário o uso de antidepressivos. Porém, a medicação ansiolítica é essencial para evitar o agravamento de outros sintomas".

A saúde mental como agravante

Bez ainda salientou que as constantes crises psicológicas podem piorar significativamente o estado físico do paciente: "O estado de ansiedade constante provoca alterações fisiológicas que podem piorar a condição, como aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Tudo isso pode sobrecarregar ainda mais o paciente. Por isso, o uso da medicação adequada e a psicoterapia de apoio são fundamentais, uma vez que a doença não tem cura".

E finalizou: "Receber um diagnóstico como esse é extremamente difícil. No entanto, medidas paliativas podem ajudar a reduzir o sofrimento e proporcionar maior bem-estar. A psicoterapia, isoladamente, pode não ser suficiente em casos como esse, pois já há lesões fisiológicas. Quando há lesão, é essencial que o tratamento psicológico seja combinado com medicação ansiolítica e, se necessário, antidepressivos".

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