Acusada de prejudicar vida de atriz após matéria "sensacionalista", Record terá que indenizar artista; confira!
Redação CONTIGO! Publicado em 07/05/2024, às 15h00
A Record foi condenada pela Justiça a pagar uma indenização de R$ 20 mil à atriz Tânia Regina, de 65 anos. É que a famosa foi vítima de agressões após uma reportagem do programa Balanço Geral em 2021.
De acordo com o desembargador Alexandre Coelho, a matéria continha "distorções e inverdades" e sua transmissão causou "desastrosas consequências". É que a residência de Tânia, localizada no interior paulista, foi apedrejada. Além disso, ela sofreu ofensas públicas e levou cusparada no rosto.
Para quem não acompanhou o caso, em 1980 a atriz voltava de uma gravação da novela Rosa Baiana, da Bandeirantes, em Salvador. No caminho, ela viu uma mulher tentar matar a filha de cinco anos e parou para socorrê-la. Com a ajuda de um policial, Tânia levou a criança para o quarto de hotel e acabou adotando-a. No ano seguinte, encerrou as gravações e levou a menina para São Paulo, onde morava.
Pelo fato da adoção ter sido atípoca, houve uma investigação na época, mas as autoridades deram razão à artista. Mais tarde, em 2021, a filha adotiva, que já estava com 46 anos, procurou a emissora de Edir Macedo para tentar encontrar algum parente biológico, até que localizaram um irmão dela na África do Sul. Contudo, o canal teria aproveitado a situação para ganhar audiência.
"O que era para ser uma história linda de superação, tornou-se um verdadeiro caos na vida da atriz", frisou o advogado de Tânia Regina, Luiz Antunes. "A emissora abusou do sensacionalismo para obter audiência", acrescentou ele no processo.
Vale lembrar que o Balanço Geral deu a entender que Tânia agredia a criança e usou a seguinte chamada para a matéria na época: "Quem é a atriz de novelas que foi acusada de sequestrar menina após adotá-la?". "A edição da reportagem não esteve de acordo com os ditames do código de ética do jornalismo", declarou o desembargador Alexandre Coelho na decisão.
"Dar a entender a todos os telespectadores, em nível nacional, que a atriz seria a responsável pelos sofrimentos da pessoa que adotou é informação inverídica que agrediu a sua honra e dignidade", completou.
A emissora ainda pode recorrer na Justiça e garante que não teve intenção de preudicar Tânia. Segundo eles, a reportagem em nenhum momento "sugere que ela era responsável pelas agruras sofridas por sua filha adotiva".
"O relato refere-se ao período anterior à adoção e, para se chegar a esta conclusão, basta a mera visualização da reportagem. A matéria deu ênfase à nobre e heroica atitude da atriz em adotar a menina, provavelmente lhe poupando um destino trágico". declararam.
O ex-Polegar Ricardo Costa desabafou após ter deixado o confinamento de A Grande Conquista, na Record, contra sua vontade. Ele foi expulso do reality na última semana por pegar uma faca durante uma discussão com Fábio Gontijo, mas criticou o canal pela punição máxima que tomou.
E ele ainda explicou o que faria ao usar o artefato cortante: "Ali a ideia era apavorar, como apavorou, e rasgar as roupas dele. Era fazer uma coisa para dar a dinâmica da audiência, é isso que o programa pede", alfinetou.
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