Tiririca foi acusado de importunação sexual por um prestador de serviços em São Paulo; a situação teria acontecido na manhã da última quinta (29)
Redação CONTIGO! Publicado em 05/03/2024, às 15h45
O deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PL), foi acusado de importunação sexual por um prestador de serviços. A situação teria acontecido na manhã da última quinta-feira (29), em um prédio na rua Casa do Ator, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo.
Foi registrado um boletim de ocorrência na noite desta segunda-feira (4). De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, "diligências estão em andamento para esclarecer o ocorrido". A suposta vítima declarou no registro que estava prestando serviço de manutenção na portaria do condomínio, por volta das 10h30, quando um homem, acompanhado de uma mulher, se aproximou dele e lhe "desferiu uma dedada" sobre a calça, na região das nádegas.
De acordo com a Folha de São Paulo, ele disse ter se sentido humilhado porque as pessoas que estavam na portaria, entre segurança e outros prestadores de serviço, riram da situação. Apenas depois foi dito ao homem que o importunador seria o deputado Tiririca. Ele foi então orientado por uma advogada a fazer o boletim de ocorrência e o caso foi registrado como importunação sexual.
Em 2022, Tiririca foi processado pelo cantor Roberto Carlos. Na época, o deputadoapresentou sua desefa no caso. Vale lembrar que, em sua campanha eleitoral, o humorista fez uma paródia com a música O Portão do artista, que não gostou nada da brincadeira envolvendo seu nome.
Tiririca foi intimado formalmente a manifestar sua contestação ao juízo. Em sua tese, o humorista se aprofundou no entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que existe, sim, o direito de parodiar obras artísticas e fazer uso das mesmas em campanhas eleitorais.
De acordo com o Portal Em Off, o político chamou atenção para o fato de que, em 2022, fez uso de uma propaganda eleitoral absolutamente igual à veiculada nas eleições de 2014. A única coisa que havia mudado, foi o número de candidatura, que precisava ser informado aos seus eleitores.
Mesmo com a explicação do comediante, o cantor pediu uma multa de R$ 50 mil, alegando que sua imagem e honra foram violadas, e requerendo a liminar para impedir a reprodução da propaganda. Contudo, o pedido foi indeferido pela Justiça, já que segundo entendimento, a paródia conta com um conteúdo evidentemente satírico e cômico.
Desse modo, entende-se que seria muito difícil acreditar que o cantor é eleitor de Tiririca. Ao se defender, o humorista ainda disse está sendo atacado com menções fora do contexto feitas pelo famoso. Além disso, ele acredita que o valor pedido é absurdo, visto que, em casos bem mais complexos, o valor estipulado seria menor.
