Em bate-papo com a Contigo! Novelas, Yana Sardenberg revelou quais foram os desafios ao iniciar uma carreira muito jovem
Daniel Palomares Publicado em 16/11/2023, às 08h23
Yana Sardenberg é a intérprete de Carol em De Volta aos 15 (Netflix). Em bate-papo com a Contigo! Novelas, a atriz reviu sua trajetória e declarou que torce por novos desafios. Ela também contou quais personagens ainda sonha em fazer durante sua carreira. "Construir".
Você iniciou a carreira jovem. Como foi esse início?
"Com 7 anos, eu iniciei na publicidade fazendo muitos comerciais. Aos 8, fiz teste para ser a neta da Nicete Bruno em O Amor Está no Ar. A partir disso, as coisas foram caminhando sem muita pretensão. Meu pai é médico e minha mãe professora, não tinha nenhuma criança artista na família. Era tudo muito novo na época. Iniciei no programa Gente Inocente aos 10 anos e fiz mais de 150 personagens ao longo de dois anos de programa. Peguei um amor por essa profissão tão imensa que falei: ‘Não quero fazer outra coisa na minha vida!’ E assim foi… Trabalhei muito criança e adolescente. Até hoje, sinto que, mesmo com o mercado muito mudado, as coisas fluem bem."
O que guarda de mais especial e mais desafiador de ter começado a trabalhar ainda tão pequena?
"As relações que fiz são eternas. Floribella era uma família. Até hoje falo com a maioria deles e somos
parceiros. Mas acho fantástico foi ter tido professores muito bons nesse mercado. Roberto Thalma era um mestre que me dirigiu com 9 anos. Até hoje, lembro dele me ensinando sobre como funciona um set de filmagem. Fui emancipada aos 15 anos para poder fazer algumas cenas em Linha Direta e também poder ir gravar sem a presença de um adulto. Trabalhar com menor de idade no audiovisual não é nada fácil. São muitos pré-requisitos – o que eu acho importantíssimo. Mas sempre deu tudo certo!"
Como está sendo a experiência em De Volta aos 15, que já vai para a terceira temporada?
"Incrível! O elenco todo já se conhece e já nos comunicamos pelo olhar. As equipes mudaram ao longo das três temporadas, por isso, fizemos várias famílias. Cada ano tem uma nova. O expectador não tem ideia do tempo que passamos com essas pessoas no dia a dia. Tem muita novidade e muitos personagens novos!"
Como é sua troca com a Klara Castanho, já que vivem a mesma personagem?
"A gente não tinha ideia do quanto somos parecidas. Mesmo signo, personalidades parecidas e o jeito
também. Klara é uma gênia! Inteligente, madura, sensível e supersincera. Espero poder trabalhar muito
com ela ainda ao longo das nossas trajetórias."
O que a Yana atual diria para a Yana de 15 anos?
"Diria: ‘Calma. Vai dar tudo certo. Não precisa ser tão ansiosa. Tudo tem seu tempo’. Como tive um amadurecimento precoce por conta do trabalho, passei a ser prática nas minhas decisões. E nem todo mundo está preparado pra lidar com uma mulher madura, independente financeiramente e emocionalmente. Sou uma mulher super bem resolvida comigo mesma. Posso me desesperar diante de algo, mas sempre, sempre, encontro uma solução. Acredito que esse foi meu maior “sintoma” de amadurecimento. Consegui respirar, olhar de fora e solucionar o problema."
Que tipo de personagem ainda sonha em fazer? O que espera realizar no futuro?
"Ainda quero fazer uma personagem bem má, no pior sentido. Manipuladora, chantagista, egocêntrica, sabe? Também quero fazer alguma personagem que esteja inserida no universo das relações tóxicas entre família, amigos ou nos relacionamentos. Acho que serve como forma de alerta pra quem vive isso e não percebe. Outro papel que tenho vontade de fazer é a de uma personagem vinda da periferia. Nasci no subúrbio do Rio de Janeiro e morava, literalmente, em frente à linha do trem. Vivi 14 anos da minha vida lá. Acho que posso construir algo bem interessante e real nesse sentido."
