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Relato de perita em podcast faz caso de assassinato ser anulado pelo STJ

Dois anos depois, uma entrevista da perita Telma Rocha fez STJ mudar decisão envolvendo caso de mulher que teria assassinado o próprio marido

Redação Contigo! Publicado em 11/09/2024, às 16h12 - Atualizado às 16h20

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Perita disse que ajudou mulher a confessar o crime - Foto: Reprodução / Youtube
Perita disse que ajudou mulher a confessar o crime - Foto: Reprodução / Youtube

Um relato dado por uma perita criminal no podcast Inteligência Ltda. fez o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anular uma confissão dada por uma mulher acusada de matar o marido. O caso aconteceu dois anos depois da publicação da entrevista da profissional no programa do Youtube.

Na época, fotógrafa técnico-pericial Telma Rocha e o perito criminal Leandro Lopes foram convidados ao podcast para falar sobre sua profissão e acabaram relembrando o caso envolvendo Adriana Pereira Siqueira, presa em flagrante, em 2018, por assassinar o próprio marido com facadas e atear o corpo, por conta de uma suposta traição. 

Ainda na cena do crime, Adriana assumiu a responsabilidade e acabou sendo presa. No entanto, em 2019 ela recebeu liberdade provisória. Agora, ela aguarda o júri popular, que tem data prevista para 30 de janeiro de 2025.

Mas apesar dos detalhes registrados, o caso ganhou novos contornos após o vídeo da entrevista da perita criminal viralizar nas redes sociais dois anos depois. Na ocasião, a profissional revelou que "deu uma forçadinha" para que a acusada revelasse aos policiais sobre a autoria do homicídio. 

Com a repercussão do podcast, a defesa de Adriana solicitou a anulação do processo por violação de "direito do silêncio", mas a Justiça não acatou o pedido. No entanto, a juíza da 5ª turma do STJ acatou em parte, anulando apenas a confissão e seguindo com o processo.

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“É possível ver e ouvir o relato da Sra. Telma, que detalha como convenceu a paciente a confessar o crime, sem informar de seu direito ao silêncio, bem como a busca e apreensão realizada na casa da paciente logo após a conversa”, apontou a ministra Daniela Teixeira.

Em sua decisão, a juiza ainda criticou a conduta dos peritos. “Extremamente censurável por expor um caso que não foi julgado nos meios de comunicação, utilizando palavreado inadequado, em ambiente com bebida alcoólica e violando o dever de impessoalidade que se exige dos servidores públicos”.

Diante dos últimos acontecimentos, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil abriu um procedimento administrativo para investigar os agentes. O caso tramita sob sigilo.