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Novelas / Sucesso!

Há cinco anos, novela da Globo disparou busca por livros

Novela das sete da Globo foi sucesso de audiência e causou impacto ao abordar a literatura na realidade brasileira

Com a boa recepção de Bom Sucesso, Antônio Fagundes chegou a apresentar um podcast sobre literatura com o GShow - Reprodução/Globo
Com a boa recepção de Bom Sucesso, Antônio Fagundes chegou a apresentar um podcast sobre literatura com o GShow - Reprodução/Globo

Em 29 de julho de 2019, Bom Sucesso estreava como a nova novela das sete da Globo. A trama de Rosane Svartman e Paulo Halm se apoiava na literatura para tratar de temas como a finitude da vida, diferenças sociais e valor da amizade. A novela foi aclamada pelo público e o sucesso foi tanto que inúmeros títulos exibidos na história tiveram aumento no número de vendas pelo país.

Bom Sucesso conquistou a maior audiência da faixa das 19 horas em sete anos, com média final de 29 pontos no Ibope da Grande SP, ficando atrás apenas do fenômeno Cheias de Charme, de 2012. Grande parte do sucesso da obra se deu pelos personagens que foram capazes de cativar o telespectador através das conexões humanas mediadas pelos livros.

A paixão pela literatura se centra em dois personagens de mundos totalmente opostos: a jovem Paloma (Grazi Massafera), que é pobre e de pouco estudo, e Alberto (Antônio Fagundes), um velho rico e culto dono de uma editora. A conexão dos personagens é genuína e, ainda que Alberto aparente ter mais para ensinar a Paloma, a jovem também apresenta ao amigo muitas coisas novas, o que fez a dinâmica dos dois ser natural e cheia de cumplicidade.

Segundo os autores da novela, despertar no público o gosto pela leitura foi parte do desejo ao pensar na temática da novela. Inclusive, uma das inspirações para a obra veio do trabalho de Rosane como curadora da Bienal do Livro: “Fiquei muito entusiasmada com aquele ambiente, unindo milhares de pessoas em torno do universo dos livros. Achamos que trazer o mundo da literatura era uma inspiração e uma homenagem ao que a gente faz, que é contar histórias”.

Os títulos abordados na obra foram clássicos da literatura estrangeira e brasileira, como Don Quixote de La Mancha (de Miguel de Cervantes), Alice no País das Maravilhas (de Lewis Carroll), Peter Pan (de James Barrie), A Letra Escarlate (de Nathaniel Hawthorne), Cyrano de Bergerac (de Edmond Rostand), O Primo Basílio (de Eça de Queiroz), A Morte da Porta-Estandarte (de Aníbal Machado), Um Conto de Natal (de Charles Dickens), Mulherzinhas (Louisa May Alcott), Don Juan (de Tirso de Molina), O Corcunda de Notre-Dame (de Victor Hugo), A Tempestade (de William Shakespeare), Crime e Castigo (de Fiódor Dostoiévski) e outros.

Na época da novela, a plataforma de comércio eletrônico Zoom fez um levantamento sobre as buscas de livros na internet e o resultado surpreendeu: a procura por títulos citados na novela cresceu cerca de 15%. O livro que liderou as pesquisas foi O Mágico de Oz, escrito por L. Frank Baum, um dos primeiros a aparecer na trama durante as leituras conjuntas de Alberto e a neta Sofia (Valentina Vieira).