Em entrevista à Contigo! Novelas, a atriz Larissa Nunes, celebra série no streaming e reforça sua paixão e entrega nas artes
Em entrevista à Contigo! Novelas, a atriz Larissa Nunes, que brilhou em Vidas Bandidas, do streaming Disney+, e no musical Nossa História com Chico Buarque, fala de sua paixão e entrega nas artes.
O que aprendeu de mais especial ao viver a Marina? O que foi mais importante na construção dessa personagem?
Adquiri uma maturidade que não tinha experimentado com tanta intensidade em nenhuma personagem que tinha feito até agora. Não era só uma mulher sofrida, ela é muito digna, corajosa. Marina me trouxe um trabalho que precisava ter nuances na cena para tudo rolar; e precisava me sentir segura e confortável porque eu tava do lado de atores muito mais experientes do que eu em cena, o que é excelente.
Você divide a cena com outros grandes atores. Como foi essa convivência e quais foram as lições que tirou dessas gravações?
O mais legal foi me sentir confortável para contracenar com cada um deles. Eu cresci vendo a Juliana Paes na televisão e estar ali diante dela, jogando junto, foi muito bom. Ela é uma baita profissional, solar – e me inspiro nisso. Agora estar com Thomás [Aquino] e Rodrigo [Simas] era muito divertido, além de cada um ser experiente e talentoso, eles são muito brincalhões e isso era perfeito pra gente se concentrar diferente em cena – com eles eu construí intimidade. São lições que levo comigo.
Como avalia esse atual momento repleto de diferentes oportunidades no streaming?
Um momento muito importante, que eu espero que reflita muito bem no nosso audiovisual no futuro.
Espero que nossa classe artística seja mais valorizada em todas as áreas. Acho também que as iniciativas de fazer projetos no streaming tem ouvido mais o público e consigo ver mais diversidade nos projetos.
Qual a importância desse cenário que vivemos de protagonismo negro no audiovisual?
Esse protagonismo é recente e por a gente estar vendo com maior frequência agora, não significa que estivemos nele o tempo todo. O Brasil produz artistas pretos desde sempre, mas por que a gente se vê tão carente de referências? Porque essas histórias nunca estiveram em evidência! Não é um privilégio, estamos negociando.
Me fala um pouco mais sobre o seu retorno aos palcos com Nossa História com Chico Buarque?
Foi uma grata surpresa. Nem me imaginava voltando para o teatro este ano. Interpreto três personagens, Beatriz, Rita e Rosa: uma geração de atrizes nos anos 68, 89 e 2022, e com ninguém menos que Chico Buarque, que admiro tanto, embalando a trilha sonora. Conciliar teatro e audiovisual é o meu caminho.
Você também segue uma carreira na música. O que esse seu outro lado artístico te desperta de mais especial?
A música, quando vem, se mistura com a atuação pra mim. Interpretei cantora [Ivone, na série Coisa Mais Linda], estou fazendo musical, lancei o recente EP DELA neste ano. Amei o processo porque eu sempre escrevi minhas próprias músicas e lancei esse projeto independente. Mas a minha relação com a música é mais livre, eu não me cobro fazer lançamentos. Meu foco está no meu trabalho de atriz.
O que sonha e planeja para o futuro?
Como artista, sou muito discreta com as minhas ambições, sonho grande! Mas, de modo geral, sonho em conquistar o suficiente para oferecer o real conforto que a minha mãe merece.
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