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Novelas / ENTREVISTA

Lucy Ramos abre intimidade e confessa sobre marido ator: 'Meu coach'

Em entrevista à Contigo! Novelas, a atriz Lucy Ramos analisa sua trajetória em 'Família é Tudo' e se derrete ao falar sobre seu marido

Fernanda Chaves Publicado em 27/08/2024, às 16h23

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Lucy Ramos dá vida a personagem Paulina em 'Família é Tudo' - Divulgação/ Diego Serres
Lucy Ramos dá vida a personagem Paulina em 'Família é Tudo' - Divulgação/ Diego Serres

Vilã? Nada disso! A atriz Lucy Ramos avalia a trajetória da Paulina, de Família É Tudo, da TV Globo, torce pela redenção da personagem e acredita que ela pode inspirar muitas pessoas. Em entrevista à Contigo! Novelas, a artista abre sua intimidade e confessa sobre marido ator: "Meu coach". 

Paulina começou como vilã, mas isso mudou...

- Os personagens estão em uma prateleira e ela estava na de vilã, que eu achei maravilhoso e estava tudo certo. Mas, ao estudar a Paulina, pra mim ela nunca foi uma vilã. Pra mim ela era uma pessoa doente, com todos os seus traumas, suas dores, fragilidades, frustrações, carências e aí, diante dos remédios, das anfetaminas e calmantes, isso foi alterando a sua personalidade. Mas eu fui com tudo, sem julgamento, eu trazia toda essas dores para ela mesmo nas maldades, nas frustrações e eu queria que o público entendesse que ela não era apenas uma vilã, ela tinha essas camadas e o público sacou.

-Muitos criticavam, mas muitos também torciam pela redenção dela, para que ela se curasse, encontrasse o amor-próprio, com os filhos, quem sabe um amor também, um parceiro para ser feliz. O público torceu por essa felicidade dela e é por isso que eu estou aqui.

Como assim?

- Porque a minha participação ia ser curta, a Paulina tinha um objetivo de chegar e impedir esse amor do Tom [Renato Góes] e da Vênus [Nathalia Dill]. Cada personagem tem um objetivo na trama e o da Paulina era esse triângulo, de não deixar o casal dar certo. Mas aí agora ela está construindo a história dela e eu, que ficaria até junho na novela, vou ficar até o final.

Wilson (Caio Giovani) vai ser esse amor? A Paulina vai finalmente ser feliz?

- Tem tudo para que isso aconteça, eu não tenho nada em mãos ainda, Daniel [Ortiz] não escreveu nada nesse sentido ainda, mas eu acredito que sim. O público está torcendo também para isso, para essa soma dessa redenção dela, para essa felicidade e eu acho que ela merece. Eu acho muito legal porque está sendo criada essa história dela muito no sentido de que ela precisa se amar primeiramente para depois amar o próximo. Porque, senão, fica aquela coisa de que ela melhorou, mudou porque achou um novo amor.

- Não! Mas e ela mulher? E as feridas, o psicológico, todas as outras coisas que ela precisava se curar primeiro para depois amar, né? Eu acredito muito nisso também, que se você se ama você vai amar o outro e não vai viver a vida do outro, que era o que ela estava fazendo com o Tom. Ela jogou todas as fichas em cima do Tom porque achava que só seria feliz se tivesse com ele e agora ela está se olhando, se respeitando. Todas as feridas estão se curando, ela está se arrependendo das coisas, está vendo os filhos maravilhosos que tem, está reconstruindo isso para só depois pensar em amar alguém como mulher e isso é muito importante.

A personagem virou exemplo para muitas pessoas.

-Eu torcia para que isso pudesse acontecer porque a Paulina é uma mulher rica, tem tudo, poderia fazer milhões de coisas, mas estava presa naquele sentimento. E tem mulheres que não tem possibilidade, não tem condições de ir ao psicólogo ou alguém ali que dê uma estrutura e fica presa. Eu levei para o
lugar dos remédios, porque sinto que, hoje em dia, quando você vai ao médico, é muito mais fácil ele prescrever o remédio para você, aí você fica preso nessa teia de um remédio pra isso, depois vai tomar outro porque se viciou naquele, depois outro. Só que ninguém te prescreve fazer um exercício, ir ao psicólogo entender o que está por trás dessas dores. E com a Paulina foi isso, ela ficou presa nesses remédios e isso estava criando outras coisas.

- Hoje em dia muita gente está viciada em remédios, então eu sabia que ia atingir vários lugares. Por isso eu quis o tempo inteiro humanizar a Paulina, não deixar ela tipo ‘a louca’, porque é fácil colocar a mulher nesse lugar de louca, né? Mas ela tem suas questões e eu fiquei o tempo inteiro defendendo ela nesse lugar e entendendo que outras mulheres iam se identificar e foi o que aconteceu. Todas as postagens que eu fazia eu quis contar toda essa narrativa dela, fixar bastante essa narrativa para acolher mesmo, para trocar e as pessoas verem que é possível melhorar, ver um outro lado.

Diferentemente da personagem, você é feliz no amor ao lado do Thiago Luciano...

- É uma delícia, a gente vai fazer 18 anos juntos. É uma parceria, um sente falta do outro quando fica
distante, mas a gente fica a maior parte do tempo juntos, a gente soma demais. Acho que casamento é isso, é falar o que tem vontade e somos muito parceiros. A gente faz filmes juntos e é muito legal porque ele é meu coach na atuação, ele é diretor, tem todo esse olhar no geral, então eu estudo e toda vez antes de gravar passo com ele todas as cenas. Temos essa parceria na vida, com sonhos e tudo mais. Nós somos discretos, a gente mostra uma coisa ou outra na internet, mas a gente deixa nossa vida pessoal bem guardadinha. Fica um relacionamento saudável, sem tanta exposição e dá certo.