Escola tem como enredo a trajetória de Arlindo Rodrigues, carnavalesco fundamental na história do Carnaval carioca
Gustavo Assumpção Publicado em 18/04/2022, às 05h00
Primeira escola a desfilar no dia 22 de abril, a Imperatriz Leopoldinense terá um grande desafio em seu retorno à elite das escolas de samba: se manter no grupo principal após uma curta passagem pelo acesso. É que nos últimos anos não são incomuns os exemplos de agremiações que foram rebaixadas em suas tentativas de se fixarem no Grupo Especial.
Com esse histórico no horizonte, a agremiação de Ramos montou um time de elite com o objetivo não apenas de permanecer no Grupo Especial, mas também de buscar uma sonhada vaga no Desfile das Campeãs - feito que a Viradouro conseguiu quando retornou ao grupo, em 2019. O projeto foi abraçado pela escola que tem lotado os ensaios de rua e protagonizado alguns dos melhores momentos deste pré-Carnaval.
Encabeçando o projeto está a multicampeã Rosa Magalhães, carnavalesca que foi responsável pelo mais áureo período da escola. Entre 1992 e 2009, ela conquistou cinco títulos e fez alguns dos mais belos trabalhos da era Sambódromo. Também chegaram à escola o bailarino Thiago Soares, que assina a Comissão de Frente, e o intérprete Bruno Ribas, que vai defender o samba da escola ao lado de Arthur Franco.
O enredo da Imperatriz Leopoldinense para 2022 é a trajetória do carnavalesco Arlindo Rodrigues. Em "Meninos eu vivi… Onde canta o sabiá, onde cantam Dalva e Lamartine”, a carnavalesca Rosa Magalhães cria um desfile nostálgico em que vai lembrar a passagem marcante pelo Salgueiro, os trabalhos campeões na própria Rainha de Ramos e muito do processo criativo do artista que faleceu de forma precoce em 1987 com apenas 56 anos. Ao final, a escola lembra o último desfile assinado pelo profissional: Estrela Dalva, homenagem à cantora Dalva de Oliveira, de quem era fã.
É BOM FICAR DE OLHO: Nas alegorias com acabamento impecável, marca registrada de Rosa Magalhães. A que representa o Salgueiro é um show à parte, inspirada nas formas geométricas que marcaram a revolução estética proposta pela vermelho e branco nos anos 60.
VAI EMOCIONAR: Este é o primeiro carnaval da Imperatriz sem duas de suas maiores estrelas: Luiz Pacheco Drummond, o homem que dirigiu a escola em praticamente toda sua era de ouro, e a porta-bandeira Maria Helena, símbolo de Ramos e uma das maiores de todos os tempos.
E COMO NÃO PODE FALTAR: Em seu segundo Carnaval na escola, a cantora Iza reina absoluta à frente da bateria. A escola também terá como destaque a ex-BBB Hariany Almeida, que tem se preparado com aulas de samba para fazer bonito na Sapucaí.
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