No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, a Rolling Stone Brasil, o CineBuzz e a Contigo! celebram com uma lista de filmes especiais
Camila Gomes (@camilagms), Angelo Cordeiro (@angelocinefilo) e Henrique Nascimento (@hc_nascimento) Publicado em 28/06/2024, às 17h00
Neste dia 28 de junho, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. A data remonta à Rebelião de Stonewall, que ocorreu em 1969 na cidade de Nova York, e se tornou um verdadeiro marco na luta pelos direitos da comunidade.
Para comemorar o Dia, a Contigo!, em parceria com o CineBuzz e a Rolling Stone Brasil, preparou uma lista especial de filmes brasileiros, que contam diferentes histórias estreladas por personagens LGBTQIAPN+. Confira a seguir:
Alice Júnior apresenta uma adolescente trans carismática, que investe seu tempo fazendo vídeos para o YouTube. Um dia, seu pai é transferido pela empresa do Recife para Araucárias do Sul, e eles precisam se mudar.
Em sua nova escola, Alice enfrenta preconceitos ao se deparar com uma sociedade mais retrógrada do que estava acostumada. Agora, a menina, que só queria realizar o desejo de dar o seu primeiro beijo, precisa lutar pelo direito de ser quem ela é.
Um dos destaques do Festival Mix Brasil em 2019, o longa de Gil Baroni - que irá ganhar uma sequência em breve - combina comédia e drama explorando questões profundas de identidade e aceitação, a partir da jornada de autoafirmação de uma adolescente trans, que enfrenta bullying e discriminação para existir.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho conta a história de Leonardo, um adolescente cego, que vive com a mãe em São Paulo. Sua vida muda quando Gabriel, um novo aluno na escola, torna-se seu amigo e desperta nele sentimentos amorosos no garoto.
O filme de Daniel Ribeiro agradou a crítica em 2014 pela sensibilidade ao abordar temas como a descoberta da sexualidade a partir da amizade entre os jovens, e a jornada de autoaceitação do protagonista em relação à sua deficiência visual.
A história de Deserto Particular gira em torno de Daniel, que luta para se reerguer após perder o seu emprego como policial por se envolver em problemas. Dividindo a vida com o pai debilitado e a irmã, ele passa por seus dias apoiando-se no romance com a misteriosa Sara.
De narrativa introspectiva, o longa de Aly Muritiba oferece, de forma madura e bastante sensível, uma reflexão complexa sobre como os segredos, os desejos e os preconceitos moldam as nossas vidas, nos impedindo de sermos quem realmente somos.
Em Pedágio, Suellen, uma cobradora de pedágio, percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente e financiar a ida de seu filho, Tiquinho, a uma caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro.
Destaque em festivais internacionais, o longa de Carolina Markowicz retrata a opressão e violência sofrida pela população LGBTQIAPN+, diante das incoerências e atrocidades promovidas pela sociedade, principalmente nos últimos anos.
Em A Filha do Palhaço, uma adolescente de 14 anosaparece para passar uma semana com o pai, que apresenta seus shows de humor em churrascarias, bares e casas noturnas de Fortaleza, interpretando a personagem Silvanelly. Apesar de mal se conhecerem, pai e filha terão que conviver durante essa semana, vivendo novas experiências, que irão transformar sua relação e suas vidas.
O longa de Pedro Diógenes reúne traços da vida do artista cearense Paulo Diógenes, apesar de não ser um filme biográfico. Conflitos internos, conexão paternal e segundas chances são alguns dos temas propostos pelo drama, que ainda presta uma homenagem aos comediantes da noite cearense.
Dirigido pela atriz Leandra Leal, Divinas Divas explora a história de oito artistas transformistas brasileiras, que revolucionaram a cena LGBTQIAPN+ e teatral do país entre as décadas de 1960 e 1970. O documentário acompanha as vidas, carreiras e legadoe de Rogéria, Jane Di Castro, Divina Valéria, Camille K, Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Marquesa e Brigitte de Búzios, que foram pioneiras em romper com tabus em uma época de forte repressão social e política no Brasil.
Christian Malheiros, da série Sintonia, é Sócrates, um jovem de 15 anos, que precisa lidar com a morte repentina de sua mãe, lidando não só com questões de sua sexualidade, mas também com a pobreza e a discriminação enfrentada por jovens marginalizados na sociedade brasileira contemporânea.
O filme de Alexandre Moratto mostra um jovem lutando pela sobrevivência em meio às adversidades, explorando temas universais como identidade, amor e a busca por pertencimento em um contexto de desigualdades sociais e econômicas.
Dirigido por Kiko Goifman e Claudia Priscilla, Bixa Travesty é um documentário sobre a vida e a carreira da artista transgênero Linn da Quebrada. O filme aborda não apenas sua jornada artística e musical, mas também questões de identidade de gênero, sexualidade, raça e classe social.
Linn da Quebrada desafia estereótipos e preconceitos através de sua arte, explorando temas como empoderamento, resistência e representação. O filme ganhou diversos prêmios em festivais de cinema, incluindo o Teddy Award, dedicado a produções LGBTQIAPN+, no Festival de Cinema de Berlim.
Em Corpo Elétrico, Elias é um jovem gay, que trabalha em uma fábrica de confecção de roupas em São Paulo. No ambiente de trabalho e em sua vida pessoal, ele busca por conexões humanas genuínas enquanto explora sua sexualidade.
O filme de Marcelo Caetano explora temas como o desejo, a solidão urbana, as relações interpessoais e as dinâmicas de trabalho na metrópole contemporânea. O título do filme faz referência à expressão poética e à energia que envolve o corpo humano, destacando a sensualidade e a vitalidade do protagonista.
Donato trabalha como salva-vidas, atirando-se ao mar para resgatar desconhecidos. Um deles é o alemão Konrad, que muda por completo a sua vida, afastando-o de seu irmão caçula, Ayrton, que decide ir atrás de Donato em Berlim anos depois, para resolver problemas criados por anos de ausência.
O filme de Karim Aïnouz, co-escrito por Felipe Bragança, explora as nuances das relações humanas, da identidade pessoal e do impacto do passado sobre o presente, oferecendo uma reflexão profunda sobre o amor, a saudade e o desejo de encontrar um lugar onde se pertença verdadeiramente.
Em Avenida Beira-Mar, conhecemos Rebeca, uma menina de 13 anos, que se muda para um novo bairro e passa seus dias espiando a rua por cima do muro. De lá, a garota conhece Mika, uma jovem da sua idade, que desafia as normas de gênero. O encontro se desdobra em uma amizade incompreendida pelos adultos e uma série de eventos abala a tranquilade da vizinhança.
O filme vem circulando em festivais internacionais e colecionando vitórias, como o prêmio de Melhor Direção na Competição de Longas Ibero-americanos de Ficção no Festival Internacional de Cinema de Guadalajara e uma menção honrosa no Prêmio Maguey, dentro do próprio festival, que é voltado a narrativas que abordam o universo LGBTQIAPN+.
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