Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Letícia de Oliveira explica possíveis diagnósticos de fã que persegue o padre Fábio de Melo há seis anos
Dra. Leticia de Oliveira Publicado em 12/12/2024, às 13h41
Padre Fábio de Melo acumula uma legião de fãs e seguidores em suas redes sociais, mas visibilidade tem lado ruim: recentemente, ele revelou ser perseguido por uma fã há seis anos e a mulher já foi em seu endereço pessoalmente. Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Letícia de Oliveira alerta sobre a stalker: “Pode ter agressividade”, diz.
Durante o programa Sem Censura, da TV Brasil, na última segunda-feira, 9, o religioso contou que uma admiradora o procura em casa, afirmando ter um casamento marcado com ele. “Ela jura de pé junto que eu a amo, que sou apaixonado por ela”, revelou.
Diante da insistência da fã, que cria perfis falsos nas redes sociais e o ameaça, Fábio de Melo decidiu buscar ajuda da polícia. “Não teve outro jeito, a situação saiu do controle”, lamentou. Apesar de compreender que a fé pode levar as pessoas a desenvolver sentimentos intensos, ele ressaltou que a perseguição o coloca em uma situação desconfortável e invasiva.
Para a psicóloga Letícia, é difícil mensurar o que aconteceu com relação a essa fã perseguidora do padre. “Mas o que dá para a gente hipotetizar é que é uma pessoa que mistura realidade com ficção, que alucina. Não sei se é um delírio de ordem esquizofrênica ou até mesmo um surto bipolar, mas que são episódios onde a pessoa tem baixo discernimento do que ela imagina e do que é realidade – ela fica vivenciando coisas que imagina, que ela conclui, mas essas conclusões podem ser: ‘Ele falou a palavra que eu estava pensando, então isso é um sinal de que ele me ama’. Fica, realmente, muito perigoso porque a pessoa não dimensiona e tem uma impulsividade que pode até ter de fato uma agressividade, de acordo com a perspectiva do padre. Acredito que ele fez o certo, que é procurar se assegurar”, analisa.
“E com relação a essa seguidora, a essa pessoa, o mais correto a se fazer é procurar ajuda de saúde mental, um CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), por exemplo, porque uma pessoa que, com certeza, não está na sua melhor estruturação emocional e psíquica, e precisa de ajuda psicológica e também psiquiátrica para voltar para a realidade, para conseguir voltar a discernir aquilo que ela gostaria, aquilo que ela imagina e aquilo que de fato é realidade”, finaliza a especialista.
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