Trama da Band com enredo inspirado na vida do autor enfrentou desafios e ator da Globo precisou assumir texto para novela ser concluída
Bárbara Aguiar, sob a supervisão de Arthur Pazin Publicado em 05/12/2024, às 07h30 - Atualizado às 09h16
Em 6 de dezembro de 1982, há 42 anos, a TV Bandeirantes, popularmente conhecida como Band, estreava Campeão, novela marcada por mudanças nos bastidores e a substituição do autor por um ator global. A trama, que misturava emoção, humor e os desafios do universo dos cavalos de corrida, teve como inspiração as memórias do autor Jaime Camargo, que trouxe para a história elementos de sua infância em Rio Claro, no interior de São Paulo.
O jornalista Nilson Xavier, do site Teledramaturgia, resgata uma entrevista ao Jornal Brasil onde o autor revelou que muitos personagens de Campeão eram inspirados em figuras de sua família, como tios e tias viúvas, além dos avós. Até mesmo o cavalo Panambi, figura central da trama, carregava o nome do animal que marcou a infância de Camargo.
Apesar de uma proposta criativa e emocional, Campeão enfrentou desafios significativos durante a produção. A história girava em torno de cavalos de corrida e tinha o Jockey Club de São Paulo como um dos cenários centrais. No entanto, a dificuldade de viabilizar as cenas com puros-sangues impôs limitações ao enredo.
Com os problemas técnicos e de logística, Jaime Camargo foi substituído no decorrer da novela. Primeiro, Marcos Caruso, que se transformou em um grandes dos nomes da teledramaturgia na Globo nos anos 2000 e permanece na emissora até hoje, assumiu como roteirista, seguido por Lafayette Galvão, que concluiu os capítulos restantes. A troca de autores trouxe mudanças na condução da trama, mas manteve a essência emotiva e cativante da proposta inicial.
Xavier relembra, ainda, que Campeão foi reprisada pela Band entre 2 de dezembro de 1991 e 15 de maio de 1992, em 114 capítulos, no horário matutino. Apesar de não ter um grande impacto quando o assunto é audiência e repercussão, a novela conquistou um lugar de renome por ser uma obra peculiar na história da teledramaturgia brasileira.
A narrativa, impregnada de referências pessoais do autor, trouxe ao público um universo repleto de emoção e humor, ainda que enfrentando limitações de produção. Além disso, Campeão destacou a flexibilidade e o esforço coletivo da equipe para superar os obstáculos, uma característica marcante das produções televisivas brasileiras nos anos 1980.
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