Como está Renata após situação desagradável com Maike? Psicólogo Alexander Bez explica como o assédio afeta o emocional da vítima
Renata foi alvo de uma situação bem desagradável no Big Brother Brasil 25 nesta semana. É que Maike - que foi eliminado nesta quinta-feira (10) - a "enforcou", puxou seu cabelo e a mordeu durante uma confraternização na casa mais vigiada do país. A dançarina pediu para o affair parar com as investidas, mas o rapaz apenas a deixou em paz após uma advertência da produção. Mas como ela está agora?
Segundo o psicólogo Alexander Bez, uma cena de assédio como a vivida pela sister pode causar graves danos emocionais. "Trata-se de uma conduta sexista, baseada numa ideologia totalmente antifeminina. Mais do que isso: revela uma tentativa de controle e domínio sobre o corpo da mulher. E é exatamente isso que representa, do ponto de vista psicológico, puxar o cabelo de uma mulher sem o consentimento dela. É gravíssimo", pontuou o profissional em entrevista à CONTIGO!
E acrescentou: "Não se puxa cabelo de mulher. Ponto. Não existe justificativa para isso. É um ato condenável e merece toda crítica que possa vir. Porque, sim, a mulher se sente violada, tocada de forma negativa, violentada e com razão. Essa é a gravidade do ato".
O também autor explicou que a sensação de Renata foi como uma invasão. "É como invadir uma propriedade privada, você ultrapassa muros, grades de contenção, fronteiras que protegem a intimidade e a dignidade da pessoa. É como invadir uma fazenda, uma casa: é invasão pura e simples. Nesse caso, uma invasão da intimidade da mulher", disse.
Psicologicamente falando, puxar o cabelo da uma vítima é uma resposta "extremamente séria". "É surreal e completamente desproporcional à realidade que vivemos hoje, no século 21. Isso precisa ser enfatizado", lamentou o profissional.
Alexander Bez é incisivo ao dizer que a atitude de Maike foi sim de teor misógino: "Esse ato indica machismo, sim. Reflete uma ideologia machista. E é fundamental lembrar: machismo não tem nada a ver com masculinidade. As pessoas confundem isso. Não existe “masculinidade tóxica”, a masculinidade em si nunca é tóxica. O que é tóxico é o machismo. E puxar o cabelo, nesse contexto, é um ato que representa essa toxicidade, esse sexismo."
Muitas vezes, casos de assédio como o visto no BBB 25 não são resolvidos com um "perdão": "Não adianta vir depois com pedidos de desculpas ou justificar com 'ah, exagerei'. Essas atitudes são pensadas, são conscientes. Elas revelam o desejo da pessoa de exercer poder, de dominar. E sim, puxar cabelo tem uma conotação sexualizada, mas de forma violenta, negativa, perversa."
O escritor ainda pontua que o ato de assediar alguém reflete o caráter de Maike: "As intenções por trás dessas ações podem ser conscientes, ou seja, pensadas, elaboradas e sabidas. Mas também podem ser inconscientes. De qualquer forma, tanto umas quanto outras dizem respeito à personalidade de quem as pratica".
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