Edição que estreia nesta segunda-feira (17) será um grande desafio para equipe que enfrenta piora da pandemia e clima de guerra nas redes sociais
A TV Globo estreia nesta segunda-feira (17) o esperado Big Brother Brasil 22. Após duas disputas históricas que conquistaram recordes de audiência e ocuparam papel central no debate público, a missão do time liderado por Boninho e Rodrigo Dourado é árdua: manter no topo o principal produto comercial da Globo, que neste ano viu crescer ainda mais a procura do mercado publicitário.
Os desafios do BBB22 são gigantescos, a começar pela mudança no comando da atração. Adaptado ao formado, Tiago Leifert cedeu seu lugar para Tadeu Schmidt, que segue uma incógnita. Afinal, qual personalidade o ex-Fantástico vai imprimir para o programa? Será que veremos uma guinada ao humor? De que forma ele vai conseguir transformar o reality em um programa mais leve?
Outro desafio é manter as redes sociais controladas em um período de radicalização extrema. Se no ano passado já circulavam vídeos editados, frases fora de contexto e muitas notícias falsas, como será possível manter o fair play, já que praticamente todos os participantes contrataram equipes gigantescas para gerenciar suas atividades aqui fora?
Cada vez mais, tão importante quanto o que acontece lá dentro, é a narrativa que os perfis conseguem criar aqui fora. Rebater acusações, reagir às polêmicas e aproveitar as oportunidades serão determinantes para definir os 'cancelados' e os ícones desta edição.
Às vésperas da estreia, o avanço da variante ômicron da Covid-19 gerou um clima de incerteza nos bastidores. O contágio fácil atingiu produção, membros da equipe e participantes. Agora, uma possibilidade fica no ar: com centenas de profissionais envolvidos, o BBB22 tem um protocolo claro para quem teste positivo para a doença? Qual será a respostaa da TV Globo caso algum confinado seja contaminado? São muitas dúvidas, agravadas pela falta de explicações ao público.
Na última semana, a TV Globo chegou a emitir uma nota oficial em que revelou que três participantes testaram positivo antes mesmo do início do programa e poderiam entrar na casa só após a estreia. "Como parte do protocolo, são realizados testes em todos os participantes e, durante essa rotina, três deles, que estarão no elenco desta edição, testaram positivo", dizia o início da mensagem enviada à imprensa nesta quarta.
No comunicado, a Globo também esclarece que todos passavam bem. "Todos estão com as respectivas vacinas em dia - item obrigatório para a participação no reality -, passam bem, continuam isolados e estão sendo acompanhados por uma equipe médica. E, mesmo ansiosos para começarem a viver na casa mais vigiada do Brasil, assim permanecerão até que seja seguro deixarem o isolamento. Quando estiverem liberados pelos médicos, se unirão aos outros participantes, de um jeito inovador e sem prejuízo das dinâmicas do jogo", garantiu a emissora sem revelar quaisquer nomes dos contaminados.
Por outro lado, algo está garantido no BBB22: o faturamento milionário. Ao todo, a TV Globo comercializou seis grandes cotas de patrocínio para o BBB22. As três principais (Americanas, Avon e PicPay) foram na casa dos R$ 91 milhões de reais. Outras duas empresas entraram nas cotas intermediárias, com gasto estimado de R$ 69 milhões (C&A, Heineken (com Amstel), P&G e Seara). Por fim, outras quatro gigantes, Above, Engov, McDonald´s e Quinto Andar desembolsaram um valor de R$ 11 milhões para fazer parte das ações de publicidade na casa.
A emissora ainda deve fechar outros valores a parte com empresas que tem o interesse de patrocinar provas específicas. Ao todo, a expectativa é que o faturamento total do reality ultrapasse os R$ 600 milhões, um valor quase duas vezes maior do que os ganhos obtidos há dois anos no BBB20. Os números são da IstoÉ Dinheiro.