Em coletiva de imprensa, produtor do filme ‘Silvio’ revela qual foi a reação de Silvio Santos quando ficou sabendo da homenagem; entenda
Silvio, filme que conta a história do sequestro de Silvio Santos, além de traçar a história do apresentador, que faleceu no dia 17 de agosto, estreia no dia 12 de setembro. A Contigo! marcou presença na coletiva de imprensa do projeto e descobriu alguns detalhes da produção.
O diretor Marcelo Antunez revelou que não houve nenhuma exigência por parte de Silvio Santos e da família Abravanel. Já que o filme é uma ficção baseada em fatos reais, a história foi construída a partir da visão da direção e produção sobre os fatos que aconteceram.
Para quem não lembra, em 2001 o dono do SBT foi sequestrado e mantido como refém em sua mansão. Foi ele quem conseguiu negociar com os policiais para que o criminoso não fosse morto e se entregasse para a polícia. “Para a gente poder ter esse tipo de liberdade e poder construir uma obra de ficção, a gente precisa se policiar com o maior número possíveis de informações do que aconteceu, da vida daquela pessoa, mas a partir delas, fazer a nossa interpretação”, comentou Marcelo Antunez, diretor do filme.
Durante a coletiva, Ricardo Scalamandré, Diretor de Comercialização, produtor e amigo de Silvio Santos, contou que chegou a conversar com o apresentador sobre a ideia de fazer um filme, mas confessou que Silvio não aprovou. Entretanto, ele teria dado a liberdade para que o projeto fosse feito.
“Foi muito engraçado”, começou ele que, ao contar a ideia de fazer uma homenagem, ouviu a seguinte resposta: “Olha Ricardo, eu não autorizo, mas eu também não desautorizo”, relembrou. Aí eu percebi que ele estava falando que não ia dar dinheiro para fazer. É mais ou menos isso que ele quis dizer”.
O produtor Roberto d’Avila ainda revelou que eles não tiveram contato com a família Abravanel na produção de Silvio e as filhas de Senor não chegaram nem a ver o resultado da produção. “Não tivemos contato com a família. Então fizemos as coisas com uma profunda investigação, uma pesquisa, uma coisa muito mais de construção de entendimento do personagem”, disse.
O também produtor, Marcos Audrá, relembrou uma conversa que teve com Silvio Santos três anos antes do início da produção do filme. Segundo ele, o dono do SBT não queria envolvimento financeiro com o longa-metragem. “Pode fazer, pode botar o silvio santos pelado, pode fazer o que você quiser. Eu não autorizo. Eu não vou te processar, só duas coisas: Não pegue nenhum ator meu, nem peça dinheiro para as minhas empresas”, teria dito ele a Marcos.
Faro contou que ficou meia hora sentado frente a frente com Silvio Santos, que falou sobre sua vida para o colega de profissão. "Aquele foi o maio laboratório desse filme todo. Porque enquanto ele falava eu ficava assim [expressão de choque]. Cada detalhe, a prosódia, a maneira que ele fala, as pontuações, a postura dele. Falava 'vai ser desde a época que eu era camelô?'. Eu falava 'É, Silvio'", contou.