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Rudá em ‘Travessia’, Guilherme Cabral rebate críticas sobre assexualidade: “Preconceituosos”

Em entrevista para a CONTIGO! Novelas, Guilherme Cabral rebate os comentários sobre seu personagem assexual em ‘Travessia’ e celebra o apoio

CONTIGO! Novelas Publicado em 01/04/2023, às 06h23

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Guilherme Cabral de 'Travessia' - Globo/João Miguel Junior/Adriano Fagundes
Guilherme Cabral de 'Travessia' - Globo/João Miguel Junior/Adriano Fagundes

Ao viver Rudá, que discute o tema da assexualidade na novela Travessia, da TV Globo, Guilherme Cabral se sente realizado com o apoio do público e sonha alto na carreira.

Como foi a preparação para viver um assexual?

“É um personagem complexo. Eu não sabia sobre os assexuais antes de entrar na novela. Pesquisei bastante na internet, li muito sobre e vi relatos de pessoas que são assexuais, como era a infância e a adolescência, principalmente, porque Rudá é um adolescente e está se descobrindo nesse mundo. Ele vê a tia namorando, vê a mãe casando cinco vezes e ele não se entende.”

Como lida com críticas e comentários negativos sobre essa questão da assexualidade?

“Evito muito ler críticas sobre mim, evito a internet, o Twitter... Mas, com pessoas que eu conheço, por exemplo, que fazem comentários preconceituosos, eu já evito na hora. Já explico uma vez só como funciona, porque ficar em cima toda hora é difícil. Evito ler comentários e repercussão em geral na internet, leio só quando a minha mãe ou a minha família mostra um comentário positivo. Sempre tento guiar as pessoas para fazerem o correto.”

Recebe muitas mensagens de pessoas assexuais sobre a novela?

“Recebo muitas mensagens no direct do Instagram, especialmente de adolescentes que me procuram e falam: ‘Cara, eu me vejo no Rudá’. Receber esse tipo de feedback é de uma responsabilidade muito grande. Saber que tem adolescentes que sofrem isso dentro de casa, precisam lidar com toda a pressão dos pais e da família dessa cobrança de namoro. Uma pessoa enxergar isso, e se ver no Rudá, é forte e muito importante.”

Como foi sua trajetória na TV até ‘Travessia’? Como se sente conquistando esse espaço?

“Comecei com 12 anos, acho que esse foi um fator que me ajudou um pouco nesse mundo. Eu tenho contato desde cedo, fiz a novela Pega Pega, depois fui fazendo outros trabalhos, entrei em Nos Tempos do Imperador, que foi um trabalho bem importante para mim. Contracenei com gigantes, Leticia Sabatella, Mariana Ximenes e Selton Mello. Esse trabalho me abriu portas para entrar em Travessia.”

O que sonha para o futuro?

“Quero ganhar o Oscar. Quero fazer filmes, pegar um personagem mais complexo dos que os que eu geralmente pego. Sei lá, um personagem dependente químico. Tenho vários sonhos assim, doidos. Vou continuar nesse rumo de cinema, televisão, novela, acho que é isso que eu quero para o meu futuro.”